Capítulo 06 👑

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Pov's Alex

Eu estava preocupado com o meu irmão Nicolas, que havia ido atrás de Colin, no bosque. Colin estava desaparecido há dois dias e ninguém sabia o que tinha acontecido com ele. Eu decidi ir atrás deles, antes que fosse tarde demais. Eu peguei o meu cavalo e segui o mesmo caminho que eles tinham feito. O céu estava escuro e a floresta era assustadora. Eu sentia um pressentimento ruim, como se algo terrível estivesse à espera.

Quando cheguei ao bosque, desci do cavalo e o amarrei em uma árvore. Peguei a minha espada e a minha tocha e comecei a procurar pelos dois. Eu chamava pelos seus nomes, mas não obtinha resposta. Só ouvia o som dos meus próprios passos na folhagem. De repente, vi algo que me fez parar: um corpo no chão, coberto de sangue. Eu corri até ele, temendo o pior. Mas não era  Nicolas. Eu me perguntei quem tinha feito aquilo e por quê.

Foi então que eu ouvi um barulho vindo de um arbusto. Eu me virei e vi Nicolas saindo de lá, com uma expressão de medo.

— Nicolas, por que você estava se escondendo? — Eu perguntei, aliviado por vê-lo vivo.

— Como você me achou? — Ele perguntou, surpreso.

— Você não lembra que me ensinou a ver pegadas e impressões no solo? Esse corpo é o Colin? — Eu perguntei, apontando para o cadáver.

— É sim, meu irmão. Vamos tirá-lo daqui. Ele não merecia morrer assim. A Victória vai querer mandá-lo para casa, para um enterro apropriado. — Ele disse, com tristeza.

— Como ele morreu? — Eu perguntei, curioso.

— Eu acho que os guardas o pegaram antes da gente. — Ele disse, com raiva.

Eu olhei para o corpo de Colin e vi uma corda amarrada no seu sapato. Eu pisei nela e puxei.

— Nicolas, os nossos homens enforcam pelo pescoço, não pelos pés. — Eu disse, desconfiado. — Cortaram a garganta dele. Olhe o sangue escorrendo pelo rosto. Ele sangrou até morrer.

— Bom, você vai ver que os guardas têm as suas próprias regras. Me ajude com ele. — Ele disse, evasivo.

Eu fui ajudar o meu irmão a pegar o corpo de Colin, mas assim que toquei nos seus pés, ouvi um som estranho. Parecia um rugido de um animal selvagem.

— O que foi isso? — Eu perguntei, assustado.

Nicolas fez silêncio com o dedo e olhou para a escuridão.

— Será que são os guardas? Não há o que temer. Eles estão sob o nosso comando. — Ele disse, confiante.

— Alex, não são guardas. Nós pegamos o que é nosso, não de vocês. — diz Nicolas

— Eles estão se aproximando. — Eu disse, colocando a mão na espada.

— Até os mortos respondem ao rei. — Nicolas disse, enigmático.

— Nicolas, o que está fazendo? Pegue a sua espada. — Eu disse, nervoso.

Eu vi o meu irmão pegar uma adaga e cortar a palma da mão. Ele deixou o sangue escorrer pelas pétalas de rosas que estavam no chão. Ele começou a falar uma língua estranha, que eu não entendia. Eu fiquei perplexo, mas parece que isso acalmou o que estava na escuridão.

— Não precisa mais temer, Alex. Eles estão indo embora. Vamos sair daqui. — Ele disse, calmamente.

— Como tem tanta certeza? O que você falou? — Eu perguntei, confuso.

— Alex, agora. — Ele disse, autoritário.

Eu ajudei o meu irmão a pegar o corpo de Colin e colocá-lo no seu cavalo. Eu subi no meu e seguimos em direção ao castelo. Eu não entendia nada do que tinha acontecido, mas tinha a sensação de que Nicolas sabia mais do que dizia. Eu me perguntava o que ele estava escondendo e qual era o seu envolvimento com tudo aquilo.

Coroa de Amor: O Poder do Sentimento RealOnde histórias criam vida. Descubra agora