Capítulo 03 👑

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Pov's Victoria

Eu estava no castelo que tinha sido o meu lar durante a minha infância. Eu tinha voltado para a França depois de 12 anos, para me casar com o príncipe Alex.

Eu tinha saído do meu quarto, vestida com um vestido verde claro, que combinava com os meus olhos. Eu tinha prendido os meus cabelos ruivos em uma trança, e colocado um colar de pérolas no pescoço. Eu me olhei no espelho, e sorri, satisfeita com a minha aparência.

Eu decidi explorar o castelo, como fazia quando era criança. Eu passei pela biblioteca, onde via lembrei  de Alex lendo livros de aventura. Eu passei pelo salão de baile, onde via Alex dançando com as damas da corte. Eu passei pelo jardim, onde via Alex colhendo flores para mim.

Eu cheguei à escada, onde via Alex correndo comigo, rindo e se divertindo. Eu me lembrei de como nós nos escondíamos dos guardas, dos criados e dos professores, que tentavam impedi-nos de brincar.  Eu me lembrei de como nós éramos amigos.

Eu senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, e um aperto no meu coração. Eu respirei fundo, e subio a escada. Acabo encontrando uma porta entre aberta e sigo a  até ela. Vejo Alex mexendo em ferramentas e bugigangas. Ele parece concentrado em algo que está montando sobre uma mesa.

Eu me aproximou devagar, tentando não fazer barulho. Eu observo as peças que ele usa: martelo, metal, etc... me perguntou o que ele está fazendo

Eu me aproximo da porta entreaberta e vejo Alex sentado em uma cadeira, limpando uma espada com um pano. Ele usa um avental de couro e tem várias ferramentas e peças metálicas espalhadas pela mesa. Eu fico impressionada com o seu trabalho e decide entrar.

- Oi, Alex. - eu digo chamando a sua atenção.

Ele levanta a cabeça e me reconhece. Ele sorri, mas logo fica nervoso.

- Oi, Victoria. O que te traz aqui? - Ele pergunta, guardando a espada em uma bainha.

- Eu estava passeando pelo castelo e vi a escada que leva até aqui. Resolvi subir e te encontrei. - Eu explico, olhando em volta. - Esse era o meu antigo quarto. Você não se lembra?

- Claro que me lembro. Você me mostrou uma vez. - Ele diz, lembrando-se da infância. - Mas agora é o meu refúgio. Ninguém mais vem aqui.

- Menos você. - eu brinco, aproximando-me dele. - O que é tudo isso? Você faz essas coisas?

- É só um hobby. Eu gosto de fabricar armas. Estou aprendendo a ser um ferreiro. - Ele diz, orgulhoso.

- Um ferreiro? Isso é incrível. E incomum para um príncipe. - Eu digo, admirada.

- Eu sei. Muitos acham estranho ou ridículo. Mas eu acho que todo homem e todo rei deveria ter uma habilidade própria. Uma que ele não herdou ou recebeu. Uma que ninguém pode tirar dele. - Ele diz, sério.

— Um dia, você será um grande rei. Já não é o suficiente? — eu pergunto, intrigada.

— Sim, e eu espero ser. Mas eu disse habilidade de verdade. Uma que eu não herdei, uma que não me deram e que jamais podem mudar. Meu irmão, quer dizer, o meu meio irmão Nicolas, ele tem muitas habilidades. Quando ele quer aprender uma coisa, ele aprende. Quando ele quer ir a algum lugar, ele vai. Sem impedimento, sem barreira, com a bênção do meu pai, é claro. Não receiam e nem se preocupam tanto com a morte dele, por isso o deixam livre. — Ele diz, com uma ponta de inveja.

— Eu compreendo. Porque ele nunca será rei. — eu falo sendo, compreensiva.

— Exatamente! — Ele concorda, amargurado.

-  Eu também tenho as minhas habilidades. Eu sei ordenhar cabras e cortar lenha para a fogueira. As feiras me ensinaram. - falo  sorrindo.

- Isso é impressionante. Você é uma princesa muito versátil. - Ele diz, elogiando-me.

Coroa de Amor: O Poder do Sentimento RealOnde histórias criam vida. Descubra agora