Capítulo 5

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Capítulo 5

Ana continuava sem conseguir acreditar no que estava acontecendo. Ela estava no meio do segundo período, não podiam simplesmente expulsa-la da faculdade.

_ Mas eu pago tudo certinho - ela disse.

A diretora suspirou, arrumando distraidamente alguns papéis em cima da mesa.

_ A Belleveu não é sobre dinheiro, querida.

Até parece. Ela já viu Christian pagando a mensalidade daquela faculdade, e se aquilo lá não era sobre dinheiro em cobrarem quinze mil dólares por mês, imagine se fosse.

_ A nossa imagem é importante no mundo todo, galerias, empresas, o mundo da arte confiam em nós para lhes dar os melhores profissionais. É um bom profissional não é só sobre talento - ela teve a decência de parecer sem graça em continuar. - Recebemos algumas ligações sobre a senhorita, e fomos atrás para confirmar. Descobrimos algumas coisas, e infelizmente não condiz com nosso modo de ensinar e trabalhar em nossa instituição. E se a senhorita tem uma vida pessoal que não condiz conosco, não podemos tê-la aqui. Tenho certeza que outras universidades vão abraça-la muito bem e lapidar seu talento.

Ana levantou uma das sobrancelhas para a arrogância da frase da mulher.

_ Não ache que não é difícil para nós também, é uma perda de um talento excepcional, eu vi como estava indo bem, querida, os professores se empenham bastante na senhorita. Mas infelizmente não é só o que importa.

_ Ligações? - Ana questionou, e balançou a cabeça. - Então vocês deixam os outros alunos difamarem os outros desse jeito?

_ Não foi nenhum aluno, na verdade, nós verificamos, mas não também não posso dar nomes nesse momento. De qualquer forma houve aquele infortúnio naquela manhã, foi abafado e nós sequer a questionamos logo depois porque muitos disseram que não foi sua culpa, a outra mulher quem começou. Mas ainda assim, ela começou por um motivo, não foi? - ela jogou de forma sugestiva. - E então houve alguns outros momentos seus que não condiz com nossa disciplina.

Ana pressionou os lábios um no outro, e de rompante então se levantou, pegando sua bolsa.

_ Imagino que meus documentos estejam todos certos para eu me transferir - falou, estendendo a mão.

A mulher se lhe encarou surpresa.

_ Ah, estamos reunindo, não se preocupe. Até o final da próxima semana, nós...

_ Não. Eu quero agora. Está me expulsando no meio do período, e eu não vou me prejudicar ainda mais por conta da preguiça de vocês. Eu quero meus documentos entregues na minha casa até o fim da tarde hoje, vou me matricular amanhã em outro universidade e vou precisar de tudo certo - falou.

_ Não temos como ter tudo certo assim, Srta. Steele - a mulher insistiu, um tom mais alto pelo nervosismo de repente. - Nos dê um prazo até a próxima semana.

_ Vocês não me deram prazo algum. Está me ferrando na porra do meio do período - resmungou.

A mulher arregalou os olhos para suas palavras de baixo calão, mas Ana apenas deu de ombros, não precisava mais ser tão polida.

_ Tem até o fim da tarde, vocês tem meu endereço - decretou e então saiu, batendo a porta com força só para irritar.

Ana bufou até chegar no carro, e dessa vez ela espumava de raiva, e não de tristeza. Discou o número na tela, ligando o bluetooth do rádio. Christian atendeu no segundo toque.

A Amante - 50 TonsOnde histórias criam vida. Descubra agora