Capítulo 8

1.1K 140 63
                                    

Capítulo 8

Existe um ditado que diz "o que não te mata, te faz mais forte". Não há verdades nisso. O que não te mata te faz triste, te decepciona, te faz pensar o porque de tantas coisas ruins acontecerem a alguém que só faz coisas boas. E aí a vida continua e você tenta se recuperar do tombo que quase te deixou no chão para sempre. A vida não para, não espera e não avisa nada. É impossível controlar. Se é preciso viver. Viver com a maturidade que se tem no momento, com a força que acha que tem. Tentar do jeito que der. E aí, assim, descobrir que na verdade é mais forte do que pensava. Superar que te dá força, continuar.

Ana teve de aprender aquilo em uma das piores formas que uma garota poderia ter de aprender.

Christian estava na empresa quando sua porta recebeu apenas uma batida e então uma entrada sem espera de resposta. Irritado com quem ousou entrar em sua sala daquele jeito, ainda mais depois de ter dito a todos que não queria ninguém o atrapalhando, encarou quem quer que fosse.

_ Sr. Grey - Taylor falou de forma urgente, mas contida.

Christian suspirou, deixando os papéis que lia sobre a mesa e então massageando a têmpora, já imaginando que o que poderia ser.

_ Eu não ligo se Elena está passando mal, está enjoada ou está desejando comer sabe-se-la-o-que, já falei para não me chamar a não ser que a minha filha já tenha nascido - resmungou. - Pago Reynolds e Presccott para cuidar dessas cosias e não ser incomodado, não importa o quanto Elena insista, então é sério, Taylor, eu sei que não é culpa sua, mas se me perturbar de novo eu te demito.

_ Não é a Sra. Grey, senhor - Taylor falou.

Christian franziu o cenho, arrumando a postura na cadeira, ficou ereto, observando a postura apoiante do outro.

_ O que houve? É a minha família? Minha mãe, meu pai?

_ Não, senhor.

_ Porra, Taylor, fala logo! - se agitou, se levantando, ja nervoso.

_ É a Srta. Steele - o segurança falou. - Houve um acidente. Ela está no hospital.

Christian sente que o mundo inteiro parou ali, congelou do mesmo jeito que o céu fez ao redor naquele fim de fevereiro. Só não congelou a ele. Porque ele precisou se movimentar para chegar até o hospital, ignorando qualquer pessoa ou coisa que não fosse o seu caminho até Ana.

_ Ela está bem, consegui falar com a mãe dela, está fora de perigo - Taylor falava, o segurança havia insistido em ir junto, sem deixar o chefe dirigir naquele estado nervoso e preocupado.

_ Como isso aconteceu? Tinha alguém com ela? - ele disparou.

_ Estava sozinha, voltando da faculdade. Parece que perdeu o controle do carro. As ruas estão congeladas, senhor.

_ Eu mandei instalarem correntes na porra das rodas! Você não verificou!? - bradou.

_ Eu verifiquei, senhor - Taylor foi rápido em responder. - E eu tenho certeza que foi isso que fez não ser tão grave.

_ Tão grave... - Christian ironizou. - Ela está na porra de um hospital, teve um acidente de carro... isso já é grave, Taylor! Ela nunca mais vai dirigir aquele carro, ou o outro. Eu vou comprar o caralho de um tanque para ela e um motorista. Eu vou comprar a porra de uma pessoa para ficar dirigindo para ela dia e noite, mas ela não vai arriscar nunca mais ter um acidente.

A Amante - 50 TonsOnde histórias criam vida. Descubra agora