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VISENYA VELARYON

Visenya estava ansiosa para contar a Aemond que o Rei havia acatado ao seu pedido. A Princesa foi rápida enquanto subia correndo os degraus da Fortaleza de Maegor, onde todos os aposentos reais estavam localizados. O guarda do lado de fora da porta de Aemond acenou para Visenya enquanto ele abria a porta para ela entrar.

Como a maioria dos quartos dos aposentos reais da Fortaleza Vermelha, o quarto era grande e possuía uma varanda que tinha vista para Porto Real. Colunas altas que lembravam dragões cortavam o espaço em dois, um lado tinha uma cama e o outro tinha uma mesa com cadeiras. As paredes do quarto eram de um bege suave e quente, com cortinas de seda dornesas penduradas na porta da varanda e na entrada da cama, balançando ao vento. Uma pilha de espadas de madeira estava no canto, algumas quebradas e outras ainda inteiras.



— Tio Aemond? — Visenya perguntou, olhando entre o quarto e a área de estar.

— Vá.. Vá embora. — Mandou Aemond, entre soluços e só então a princesa percebeu que ele estava na cama, debaixo das cobertas.

— O que aconteceu? — Visenya se aproximou cuidadosamente da cama, erguendo a mão para puxar a coberta para baixo.

— Eu disse para ir embora! — Aemond gritou, se remexendo debaixo das cobertas, mas Visenya não recuou e puxou a coberta com mais força, revelando o rosto de Aemond inchado e manchado por lágrimas. Ele tentou se cobrir novamente, mas teve dificuldades e Visenya percebeu que suas mãos estavam enfaixadas.

— O que aconteceu? Como você queimou suas mãos? — Visenya perguntou, sentando-se na beira da cama.

— Não me toque! — Ele gritou e a afastou com um empurrão quando ela tentou alcançar suas mãos. — Isso é culpa dos seus irmãos, aqueles bastardos malditos!

— O que...

— Não haja como se não soubesse, vocês estão sempre juntos, você está sempre protegendo eles!

— Aemond, por favor, não grite. — Pediu Visenya, voltando a se aproximar e agarrando as mãos dele. — Eu não sei o que aconteceu, não sei o que meus irmãos fizeram, mas deve ter uma explicação.

— Aegon e os seus irmãos me deram um porco. — Aemond contou olhando para suas mãos que estavam entrelaçadas, Visenya esfregava suavemente o polegar na parte superior da mão dele, assim como sua mãe costumava fazer com ela para acalmá-la. — Eles me disseram que haviam encontrado um dragão para mim, e era um porco! Eles colocaram asas nele e o chamaram de pavor rosa! — Aemond estava tentando conter as lágrimas nos olhos. Ele não gostava de chorar na frente de ninguém, muito menos de Visenya.

— Me desculpe por não estar lá. Se estivesse, eu os teria impedido. — Lamentou Visenya, o puxando para um abraço. O cheiro de morango invadiu as narinas de Aemond e seu peito foi tomado por uma sensação agradável, ele apertou Visenya com força.

— Até os ovos do seus irmãos eclodiram enquanto o meu continua frio e morto. Como posso ser um Targaryen se não tenho um dragão?

— Aemond.. Eu também não tenho um dragão. Meu ovo também não eclodiu. — Visenya o afastou, segurando o rosto dele, para forçá-lo a olhar em seus olhos. Como todas as outras crianças da família, Aemond e Visenya ganharam um ovo quando eram bebês, mas ao contrário de seus irmãos, com exceção de Helaena, nenhum dos ovos mostrou qualquer sinal de vida. Enquanto Aemond ainda esperava que o ovo chocasse um dia, Helaena reivindicou o dragão Dreamfyre, e Visenya planejava reivindicar um dragão para si também.

𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐎𝐍 𝐅𝐈𝐑𝐄 (𝐡𝐨𝐭𝐝) Onde histórias criam vida. Descubra agora