Antônio
Depois da visita do Dr Renato eu fiquei um pouco preocupado, fiquei com medo de uma doença neurológica ser a causa disso tudo, mas com medo de preocupar meus familiares tentei levar da melhor forma.
Dindinho me mandou umas 200 mensagens que eu só consegui ver depois de 3 horas. Então liguei para ele.
— ANTÔNIO! VOCÊ ESTÁ LOUCO? — Disse ele gritando comigo no outro lado da linha — EU ESTOU TE LIGANDO A UMA COTA E VOCÊ NÃO ME ATENDIA! — revirei o olho e por um momento me perguntei quantos neurônios meu irmão tinha.
— Ah me desculpe, eu tava meio ocupado convulsionando e não pude te atender. — falei com um tom de deboche — Em primeiro lugar é melhor você parar de gritar comigo. — falei, sério e pude perceber Amanda me observando atenta.
— Porra! Meu Deus. Eu falei com Dona Regiane... — ele suspirou, parecendo preocupado.— Estava em uma reunião muito importante e tentei te ligar muitas vezes, minutos antes de começar, foi logo que eu vi a matéria... — ficamos em um silêncio, estranho para irmãos como nós. — Antônio...
— fala — respondi.
— Me desculpa, tá?
— Pelo que exatamente?
— Por não cuidar de você. Sabe... eu ando muito ocupado esses dias, o trabalho aumentando, as crianças, Beta. Como irmão mais velho é minha obrigação cuidar de você e eu não tive tempo para isso. — ele parecia bem reflexivo ao telefone, para não pesar o clima resolvi devolver de maneira leve.
— Oxi, eu achei que o pedido de desculpas era por gritar comigo agora pouco. — falei e ele riu.
— Eu estou saindo do escritório agora e já vou até aí.
— Faz isso não. Vai pra casa, você deve estar cansado, além disso tenho outros exames para fazer agora talvez nem consiga te ver direito.
— Que exames? — ele perguntou preocupado.
— Ah não lembro o nome — Menti. — o médico falou que são exames simples. — pude ver a cara de Amanda quando ouviu isso, ela estava com os olhos semicerrados e balançava a cabeça lentamente na horizontal. — Mas nem se preocupe, vai para casa. As crianças estão lá com o Lucas e o Seu Emanuel. Outro dia cê vem me ver — ele concordou e desligamos.
Mário nunca foi de expressar muito seus sentimentos - por muito tempo também não fui.- Não esperava essa reação dele, por isso resolvi fazer uma brincadeira e desconversar. Tenho claro em minha mente que todos que cuidam de mim não tem obrigação nenhuma de fazer isso, e sei que eu com os meus 33 anos não dependo dos cuidados de irmão mais velho. Era isso que eu queria falar pra ele, mas naquela hora eu não consegui.
Vic e Dona Regiane saíram do quarto para comer alguma coisa e Amanda ficou comigo.
— Que coisa feia Antônio. — ela disse em pé do meu lado e botou a mão na cintura.
— O que? — falei sabendo a resposta
— Você mentiu pro seu irmão.
— Ah ele já tem muita coisa pra se preocupar. — eu falei fazendo carinho em seu braço. — Vem cá, eu quase morro e nem ganho um beijo? — falei e ela, que estava com uma expressão séria, sorriu para mim.
Ela se abaixou e me deu um selinho.
— só isso?— Perguntei.
— Antônio a gente não está em casa. — pontuou.
— Ah, mas não tem problema. Deita aqui. — Pedi dando dois tapas na cama
— Você está maluco? — ela me perguntou brava e por um momento eu fiquei com medo. — imagina se alguém entra.
— E dai? A gente não vai fazer nada de errado... só se você quiser. — falei com um sorriso safado e recebi um tapa leve em troca. — Ai!
— Isso é pra você aprender a parar de falar merda. — ela disse e eu ri — chega pra lá então.
Ela deitou a cabeça no meu peito e eu fiz um cafuné no lugar
— Você comeu alguma coisa?— Comi no programa. — ela respondeu e eu vi o horário.
— Amanda! São 19 horas, você comeu a quase 9 horas a trás — exclamei preocupado.
— Nem tinha percebido. Depois quando você dormir eu vou lá.
— Como assim?
— Vou dormir aqui com você. — ela me olhou.
— Não vai, não
— Como não?
— Não vai ué. eu não quero ninguém aqui. é desconfortável — Falei e ela revirou os
olhos — muito menos você.— Antônio, eu não vou discutir com você. Já está decidido. — ela falou voltando a posição de antes.
Peguei o meu celular e mandei uma mensagem para Vic. Pedi para ela comprar algo para Amanda comer, e disse que depois a pagaria.
Depois de uns 5 minutos resolvi quebrar o silêncio.
— Sabe o que eu tava pensando...
Após não receber uma resposta percebi que sua respiração estava mais pesada. Sorri ao notar que ela havia dormido e continuei a fazer carinho em sua cabeça.
Depois de um tempo Vic e Dona Regiane voltaram com um sanduíche natural e uma empada para Amanda, que ainda estava dormindo. Elas foram embora e eu agradeci a ajuda e preocupação.
Logo resolvi acordar a Amanda para comer.
— Amandinha? — chamei fazendo carinho em seu rosto.
— Hm — ela disse sem abrir os olhos.
— Você tem que comer — disse e enquanto ela se levantava eu abri o sanduíche e entreguei para ela.
— Obrigada — ela falou animada e eu sorri. Acho que eu poderia passar o resto da minha vida a assistindo viver.
A enfermeira entrou no quarto e trouxe minha janta em uma bandeja.
— Aqui senhor Antônio. — ela disse me lançando uns olhares estranhos, podia jurar que ela estava insinuando alguma coisa. Ela ajeitou a bandeja em meu colo e perguntou — Como você está se sentindo? — ela disse colocando a mão em meu braço e alisando o meu tríceps. Pude ver Amanda nós olhando com indignação e segurei pra não rir da situação, porque com certeza ela me mataria depois.
— Bem, obrigado! — disse me afastando do toque dela de maneira sutil.
— Seus exames estão marcados para amanhã as 9 e 11 horas. — ela disse se afastando e Amanda se levantou ficando ao meu lado - lugar onde antes a moça estava.
— Tá bom. — Amanda disse seca e colocou a mão sobre meu ombro, passando o braço por minha nuca. Senti vontade de rir novamente, mas segurei.
— Senhor Antônio, Quando o senhor precisar pode me chamar tá? — ela disse com uma voz enjoativa e senti Amanda ficar tensa. — Meu nome é Sabrina.
— Ok. Tchau Sabrina. — Amanda falou mas Sabrina não fazia menção nenhuma de sair do quarto. Obviamente a menina ficou sem graça e saiu do quarto.
— O que acabou de acontecer? — perguntei para Amanda que continuava no mesmo lugar.
— Essa doida estava dando em cima de você, não viu?
— Parecia mesmo, mas talvez seja só o jeito dela.
— Aham, conheço esse tipo. — ela disse seria mas logo mudou a expressão — Vamos ver o que tem aqui. — ela disse abrindo a embalagem de isopor.
— Ai não. — falei ao sentir o cheiro de legumes.
— Ah não começa, você gosta de sopa de legumes e ja tá acostumado.
— To acostumado com a minha né, que é boa, essa daqui tem mais água do que legume.
————Oii gntt
Nossa eu to bem mal com as coisas que tao acontecendo com eles, tendo crise direto...
A única hr que eu n tenho é quando eu estou lendo sobre elesDITO ISSO
voces sabem de alguma fic ou AU que continua sendo atualizada? Se sim me manda pfvv 🥺
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Soul connection
RomanceApós ganhar o BBB23, Amanda lida com uma grande dificuldade: Seus sentimentos por Antonio. Já ele, busca meios pra explicar e conquistar o coração da "amiga". -------- Narração do pós. Acho bom frisar que a história é uma maluquice minha tirada de m...