xvi. A Cidade da Luz Estelar

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A Cidade da Luz Estelar, que é linda, agitada e barulhenta está ao aguardo deles. As ruas se espalham, e com elas, as casas, os comerciantes e o seu povo. A humana, a mestiça e o feérico não são os únicos a caminharem pela estrada de tijolinhos.

Ainda há sol e a sua luz. As estrelas virão, mas não de imediato.

Alina não está com pressa, Isis, embora não esteja ansiosa para a algum lugar chegar, quer algo mais para mastigar. Ashe anda apressado, mas não sente fome. Dos três, é o irmão mais novo do herdeiro da Corte Noturna quem tem um lugar para ir.

Não é cedo para que haja bolos, pães e tortinhas no forno. Nunca é demais a crocância e o sabor que são dispostos na vitrine das padarias e cafés. Isis é apaixonada pela torta de morango muito antes de essa virar a comida preferida de Gywn. A filha do General da Corte Noturna, as devorava com ferocidade desde que descobriu o açúcar dos confeitados. Alina, que gostava de doces, odeia dedos grudentos e repudia chocolate derretido e meleca que ele causa, apenas sorri quando sua amiga lê sua mente e saúda a formiguinha que também nela habita.

Ashe, a contragosto, como ele sempre parece estar, senta-se na mesa, ele nada pede, cruza os braços e fica lá, encarando o nada, sem dúvida, pensando em alguma coisa. Isis pede sua amada, Alina tem dúvida, o que ela mais quer? Cacau ou morango?

A mulher, quando recebe o pedido da humana, abre a outra porta da vitrine para que possa pegar uma fatia do bolo diabético e farto de chocolate e nada mais.

Isis olha para o seu primo. O que ele estava fazendo ali? Ela arqueia sua sobrancelha, ele não queria estar lá, mas estava, o que o tinha feito sacrificar seu precioso tempo de prática? Ela, que pode ler tudo que seu irmão quer esconder e que entende o que ele ainda nem descobriu, vê a razão no rosto do filho de sua tia quando sua amiga volta.

Ela entendia aquela ânsia que ele devia estar sentindo. A curiosidade ainda iria matar um Archeron. Ao que Isis uma vez escutou entre cortes, sua família, principalmente sua tia, estava disposta a entregar coisas, sonhos, pesadelos, memórias e sentimentos por informações.

Quando Alina voltou e escutou apenas o mais e completo silêncio, ela limpou a garganta. O que tinha para dizer? Ashe era uma estrangeiro naquela inteiração. A humana sabia conversar com sua amiga, não com aquele chato de galochas, de nariz perfeitamente empinado. A filha de Nestha Archeron se preparou para rebater as perguntas de Ashe, elas não vieram, mas a torta chegou.

As duas ignoraram a estátua carrancuda que era Ashe e atacaram os doces que levaria uma delas mais próxima da diabete. Ali comia como se fossem tirar o prato dela e ela tivesse um tempo limite e curto para terminar o que tinha nele. O príncipe da Noite demonstrava com rigor o quão horrorizado ele estava.

"Eles não ensinam bons modos nas terras humanas?".

Se Alina fosse uma daemati, ela iria bater na porta da mente de Isis, pedir com licença, entrar, se jogar na poltrona perto da lareira mental e perguntar como pelo caldeirão furado, perdido, e reconstruído, o filho de duas pessoas incríveis poderia ser tão desse jeito.

"Pela Mãe, o que você é, garoto? Como você deu tão errado assim? Por que você não cuida da sua vida?". Caramba, até a paciência de uma humana tem limite. Aquele pirralho, que era mais novo que Alina, estava se achando o rei da goiaba, como se fosse um portador de milhares de anos de existência e sabedora intrínsecos e acumulados.

"Seus pais pelo menos sabem que você está aqui?", Ashe não desanimou.

"Não", Ali ainda se deu o trabalho de saber.

O primo da aprendiz de valquíria não devia ter muito tato social, "Isis, você não está vendo a loucura que é isso? O que realmente sabemos dela?".

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⏰ Última atualização: Jan 04 ⏰

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