LIVRO 1 - NEGAÇÃO
Persis Walker, a até então única filha de Poseidon no acampamento meio-sangue, irá entrar em uma jornada perigosamente emocionante juntamente de seu mais novo irmão, Perseu Jackson.
"Olhe... é só que não deveríamos nos dar bem, ok? Nossos pais são rivais."
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NÃO PRECISARAM DE MUITO TEMPO PARA FAZER AS MALAS. Enquanto se organizavam, Percy contou tudo a sua irmã. Mas, de alguma forma, ela tinha a sensação de que Percy estava escondendo algo. Ela juntou o que seria realmente necessário, como algumas mudas de roupas, seus itens de higiene, seus bastões e seu colar de concha mágicos, presentes de seu pai. Ela deu uma mochila para Percy colocar suas coisas, o que não era muito.
A loja do acampamento emprestou cem dólares em dinheiro mortal e vinte dracmas de ouro para cada. Essas moedas eram grandes como um biscoito gigante, tinham imagens de diversos deuses gregos estampadas de um lado e o Edifício Empire State do outro.
Quíron deu a Annabeth, Persis e a Percy um cantil de néctar e um saco hermético cheio de quadradinhos de ambrosia, para usar somente em emergências, se fossem gravemente feridos. Quíron lembrou que aquilo era o alimento dos deuses. Iria os curar de qualquer ferimento, mas era letal para mortais. Em excesso, poderia deixar um meio-sangue com muita, muita febre. Uma overdose os faria pegar fogo, literalmente.
Annabeth carregava seu boné mágico dos Yankees, que era um presente da mãe pelo seu décimo segundo aniversário. Ela levou um livro sobre a famosa arquitetura clássica, escrito em grego antigo, para ler quando estivesse entediada, e carregava uma comprida faca de bronze escondida na manga da camisa. Aquilo com certeza ia causar problemas se passassem por um detector de metais.
Grover estava com seus pés falsos e calça para passar por ser humano. Usava uma touca verde estilo rastafári, porque, quando chovia, seu cabelo encaracolado se achatava, deixando aparecer a ponta dos chifres. Sua mochila laranja, estava cheia de sucata de metal e maçãs para o lanche. Em seu bolso havia um conjunto de flautas de bambu que seu pai-bode esculpira para ele, apesar de que ele só conhecesse duas músicas: o Concerto para Piano n° doze, de Mozart, e So Yesterday, de Hilary Duff, e ambas soassem muito mal em flautas de bambu.
Os quatro acenaram em despedida para os outros campistas, deram uma última olhada para os campos de morangos, o oceano e a Casa Grande, depois subiram a Colina Meio-Sangue até o alto pinheiro que já fora Thalia, filha de Zeus.
Quíron os esperava em sua cadeira de rodas.
— Este é Argos — disse Quíron. — Vai levar vocês de carro até a cidade e, hã, bem, ficar de olho em tudo.
Passos foram ouvidos atrás dos quatro.
Luke veio correndo colina acima, carregando um par de tênis de basquete.
— Ei! — ofegou ele. — Ainda bem que alcancei vocês.
Annabeth corou, como sempre acontecia quando Luke estava por perto.
