Submissive of Simone Tebet

Capítulo 13

Voltei para a sala onde encontrei meu velho amigo, Santiago. Ele já conversava com Rodrigo em um canto enquanto Soraya estava sentada novamente no sofá, de pernas cruzadas e apenas me encarou com um sorriso suave como se nada tivesse acontecido a poucos minutos atrás. Essa querida ainda me deixa maluca.

Caminhei até Santi e o cumprimentei com um beijo na bochecha como sempre fazíamos, mas pensei comigo mesma, já que Soraya queria jogar comigo e jogou, acho que posso torrar a paciência dela um pouquinho.

— Como vai querido? — Perguntei sendo gentil enquanto ele colocava um braço em volta da minha cintura.

— Eu estou bem e você? Belíssima como sempre. — Sua levantou a minha esquerda deixando um beijo doce no dorso me fazendo sorrir.

— Eu vou muito bem, graças aos orixás, e você continua o mesmo galanteador de sempre! — Não resisti em sorrir, ainda mais quando notei Soraya se aproximando devagar.

— Companhia nova, Tebet ? — Ele me perguntou, mas seu olhar inteiro pesou sobre Soraya.

— Nova sim, mas não pra você! — Respondi sabendo bem as intenções daquele velho gostoso safado. — .... Ela é a minha namorada, então sem gracinha ou eu corto o que você tem no meio das pernas. — ameacei fingindo seriedade.

— Engraçado que a alguns anos atrás você adorava sentar nele! — A gracinha me deixou com as bochechas queimando. — ... Muito prazer....?

— Soraya! — Ela respondeu tão seca que eu achei mesmo que sua mão não iria apertar a de Santiago.

— Nome bonito igual a dona e me desculpe por minha indelicadeza, eu e sua mulher somos amigos de longa data. — Tá certo eu devo ser uma bela de uma cadela por imaginar tanta coisa, será que eu sou mesmo monogâmica?

Chiara chegou toda sorridente passando a mão nas costas de Soraya para ter sua atenção, é eu sou monogâmica sim, pro inferno! Em minutos elas saíram juntas e eu não pude fazer nada.

— O que traz você aqui? — Santiago me tirou de meus pensamentos me fazendo encara-lo.

— Negócios, estou precisando mandar um recado ao estilo Tebet e preciso de você sabe, seu armamento e atiradores. — Disse indo sentar-me no sofá.

— Certo, de quantos homens? — Ele se sentou ao meu lado me entregando um whisky com gelo.

— Quero exatamente a mesma equipe da última vez, preciso de um novo paredão para me aliviar do stress, sabe?

— Por que não se alivia como antigamente enquanto o restante se divertia?

Ele, mais cachorro do que eu, não ia deixar a oportunidade passar. Acabei rindo por um momento, mas logo lembrei que a minha mulher estava com a Chiara e se eu conheço bem a peça com certeza está tentando seduzi-la.

— Acerta as coisas com o Rodrigo que eu tenho que ir atrás da traíra da sua filha. — Virei o copo inteiro deixando em cima da mesinha, saindo em direção ao lado que elas foram.

Caminhando um pouco, procurando as vozes ou passos fui até a cozinha, uma provável possibilidade. Encontrei a porta dos fundos aberta e segui rumo a fora, se não me falha a memória, eu sei bem onde ela levou Soraya. Andei apreciando a vista, aquele jardim era surreal de lindo e naquela época do ano estava incrível.

A casinha ao fundo ainda continuava ali, estava maior e muito mais bonita. Cheguei devagar para tentar escutar alguma coisa, sabia que Chiara era ardilosa e sabia manipular bem quem ela queria. A porta estava entreaberta e então encostei nela escutando as vozes do cômodo.

"Sabe, era aqui que eu e ela ficávamos, Simone é uma boa pessoa e você também. Confesso que trouxe você aqui pra conseguir te pegar, desculpe mas não consigo ver uma mulher dando sopa." — As palavras de Chiara soavam sinceras, mas mesmo assim não conseguia engolir que ela iria fazer aquilo mesmo.