Soraya piscou algumas vezes sem acreditar no que ouvia, ela estava estática no lugar e não se deu conta de que apertava os braços de Simone com força. Sua respiração ficou desregulada, seu estômago ficou gelado enquanto todo o seu corpo tremia involuntariamente, como se ela tivesse tomado um choque.
Simone, por sua vez, tentava formular alguma coisa em sua cabeça para responder. Sua boca abria e fechava constantemente, tentando dizer qualquer coisa para dissipar aquele momento, principalmente por ter ouvido aquela palavra em voz alta o suficiente para sentir seu coração pulsar a ponto de simular uma parada cardíaca.
— O que você disse? — Soraya perguntou ao mesmo tempo que girava o corpo da mais velha entre seu abraço, deixando-a rente aos seus olhos.
— Eu não disse nada, foi só uma forma, uma expressão de dizer algo que realmente me senti bem. — Foi apenas um lapso de memória rápido que a executiva teve, conseguindo balbuciar apenas tais palavras.
— Não, Simone. Eu conheço suas entonações, me diz a verdade. — Insistiu a assistente pessoal, buscando respostas nos olhos jabuticabas enquanto notava sua dilatação.
— Outra hora conversamos sobre isso, querida. Agora precisamos descansar e bolar um plano. — Simone sabia que não poderia ter aquela conversa naquele momento e naquelas condições.
Expressar sentimentos foi algo retardado desde sua desilusão amorosa, deixando-a contrariar seus próprios sentimentos quando os sentia tão profundamente.
— Está bem, mas não pense que vai escapar de mim ou se afastar. — Soraya disse e Simone sorriu, balançando a cabeça, tentando soar o mais verdadeira possível, mesmo sabendo internamente a mentirosa que estava sendo.
Nada completou seus dizeres, apenas assentiu mais uma vez, levantando-se da banheira. Soraya a seguiu pensativa, mas não ficaria no assunto até tudo ficar mais seguro. Resmungou internamente por saber que seus sentimentos estavam certos e que, por mais que sentisse borboletas, as farpas sempre vencem.
Elas finalizaram o banho no chuveiro, tirando toda a espuma. Após algumas trocas de carícias, elas saíram e seguiram para o guarda-roupa enorme que tomava toda a parede, vestindo-se para ficar prontas para qualquer emergência que viesse a acontecer.
Vestindo jeans e uma blusa de manga curta, elas foram até a cozinha tomar água, não sentindo fome por estarem ansiosas e com um turbilhão de sentimentos aflorados que nenhuma das duas estava disposta a declarar verdadeiramente uma à outra.
A madrugada estava tranquila até Simone ouvir um estrondo alto e se levantar rapidamente, acendendo uma luminária de luz baixa. Ela pegou a arma que estava sobre a cômoda ao seu lado, deixando-a engatilhada. Notou uma luz acesa e se sentiu aliviada, sabendo que era Rodrigo, mas não podia descuidar, caminhou lentamente até a porta, ficando atrás da madeira maciça.
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Submissive of Simone Tebet
Fiksi PenggemarAté onde você iria para se tornar submissa e o qual baixo você iria para transbordar de prazer?