cap 42

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POV PANSY P. :

A entrada da mansão Riddle é assustadora. Uma fachada totalmente preta, folhas mortas por todos os lados, não imagino um Mattheo correndo e brincando por esse jardim sem vida, será que o Lord aceitaria a indicação do jardineiro lá de casa?

Passo pelo portal de entrada logo atrás do Mattheo, ele está totalmente tenso e alerta como eu jamais vi, chegamos na sala de reunião e estão quase todos presentes.

Vejo Sansa e Malfoy junto com o senhor Stark, minha amiga está feliz e de mãos dadas com o marido, penso em me aproximar e conversar porém minha mão é agarrada pelo Mattheo, ele me olha dentro dos olhos e eu entendo o pedido para que eu fique onde estou, ao lado dele. Se ele soubesse que eu nunca sairia do lado dele sem que ele me pedisse...

Todo mundo começa a se acomodar em seus lugares e Mattheo puxa a cadeira para que eu sente entre ele e Alexei.

Voldemort entra seguido por Nagini, seus olhos logo vão em direção a Sansa, ele se aproxima e segura em seus ombros e percebo que ela enrijece na hora, a mandíbula de Draco está contraída.

- Uma noite excepcional na minha opinião.

A voz sai ainda mais arrastada do que eu me lembro.

- Antes de começarmos essa reunião, devo avisa-los das boas novas, meu filho mais velho está de volta.

O arfar de "alegria" é ouvido em toda a sala.

SANSA POV:

Desgraçado!

Quando ouço que Tom está de volta, acabo me remexendo na cadeira. Draco que está ao meu lado pousa serenamente a sua mão em minha perna para que eu me contenha.

Do outro lado da mesa papai me observa atentamente, quase como que se pedisse para que eu não dissesse nada que nos prejudicasse.

O meu sangue ferve nas veias, não posso evitar de pensar na minha irmã adoentada e escondida sem o menor privilégio para si ou para seu filho.

- Ele sempre foi um rapaz pontual...

Voldemort continua a sua ladainha quando é interrompido por um barulho estridente de porta sendo aberta, todos nós nos assustamos quando vimos a figura pálida alta vestida de preto e completamente diferente do que um dia já foi.

Tom tem olheiras profundas, os olhos que já foram de um verde magnífico parecem mortos. O corpo está extremamente magro que dá para perceber pelas roupas que estão completamente folgadas. O semblante que em algum momento na vida eu cogitei que fosse confiável, amável e que eu pudesse chamar de "irmão" agora mais parece com de um assassino. Não sei o que ele fez nos últimos meses, mas posso apostar o quanto isso ferrou com a sua cabeça.

- Vocês não imaginam o prazer que é estar de volta. - A voz reverberou pela sala silenciosa.

- Meu menino querido. - Tom ganhou um abraço desajeitado do pai. - Venha. Guardei seu lugar ao meu lado.

A cadeira do lado direito que pertencia ao meu pai foi ocupada por Tom, consequentemente eu estava à sua frente e fui "agraciada" com um sorriso de deboche vindo dele.
Ele sabia.
Ele sabia o quanto me afetou naquela noite.
Nunca contei a ninguém o quanto precisava me conter para não começar a tremer, para não chorar desesperadamente a cada pesadelo que eu tinha noite após noite.. Tom me torturou de tantas maneiras naqueles três dias que eu diria até que de alguma forma ele se instalou no meu cérebro em um lugar de mais profundo conforto e segurança onde ele se materializava e transformava tudo em medo e dor.

Esfreguei uma mão na outra tentando conter o nervosismo e o tremor, escondi minhas mãos por debaixo da mesa e esfreguei uma na outra.

Apertei minhas mãos em punhos até sentir as unhas perfurando a pele.
O medo de que ele esteja nesse exato momento dentro da minha mente e vendo o quanto me afeta é tão grande que eu me sinto do zonza e enjoada.

Prometida - DRACO MALFOYOnde histórias criam vida. Descubra agora