Cap 48.3

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POV Mattheo:

- Ela vai ficar bem. - Soltei o ar enquanto a Madame Pomfrey lavava as mãos. - Sansa perdeu muito sangue, vai ficar em observação.  Precisaremos colocar um gesso no braço quebrado, mas ela vai sobreviver.

Limpei a garganta e estava pronto para fazer a pergunta de milhões.

- Madame, Sansa estava.. é.. digamos..

Ela me encarava impaciente.

- Grávida. - Falei logo. - Ela estava grávida. Alguma coisa aconteceu?

Vi os olhos castanhos brilharem em preocupação.

- Tanta perda de sangue assim não é nada bom. Deixe-me ver.

Ela se concentrou e começou a murmurar feitiços.
Eu não estava entendendo nada.

- Bom, teve um descolamento na placenta, vai precisar de cuidados.

Enquanto ela ainda examinava, um Draco muito mal passou pela porta.

- Como ela está? - Perguntou preocupado.

- Fique calmo, rapaz. Ela e o bebê me parecem bem.

Ele suspirou aliviado e se jogou na cadeira que estava ao lado da cama.

- Bom, preciso verificar outros pacientes, volto mais tarde.

Ficamos só nós três.

- Agora que ela está em boas mãos, vou procurar a Pansy e informar do acontecido com a Sansa para o senhor Stark.

Draco assentiu calado.

- O que aconteceu com ela? Estava tão bem.

- Vamos ter que esperar ela acordar e nos contar. Mas ela está bem. Madame Pomfrey disse que ela sofreu um descolamento na placenta, que iria precisar cuidar.

- O que isso significa? - Perguntou preocupado.

- Eu não sei, mas vou pedir por um médico de grávidas. Fiquei aqui, eu volto logo.

Sai dali o mais rápido possível, tinha muitas pessoas para encontrar.

POV Robert Stark:

Três dias que voltamos para casa, consegui convencer a madame Pomfrey que iria cuidar de Sansa aqui.

- Meu rapaz, vá descansar, eu vou ficar agora.

Entro no quarto e vejo Draco amoado na cadeira ao lado da cama, ele vive assim agora, preocupado.

- Ela sussurra alguma coisa enquanto dorme, eu não consigo entender. - Passou a mão pelos cabelos, cansado.- É tudo culpa minha.

Esse sentimento eu conheço, já me martirizei muito com ele.

- Vem cá. - Puxo seu corpo para um abraço, não tem muito que eu possa fazer por ele.

Os soluços logo vem acompanhados das lágrimas.

- Desça e jante, seus pais estão aí.

Enquanto a batalha estava acontecendo, eu soube que meus amigos eram mantidos em cativeiro, precisei resgata-los.

Estamos todos em minha casa, exceto por Druella, que se recusa a ver a irmã, está se sentindo culpada também.

- Não quero ver ninguém. Vou tomar banho e volto para dormir com ela.

- Draco..

- Por favor, senhor Stark. Só o que eu peço é isso, me deixe em paz.

Ele abaixou a cabeça e saiu do quarto.

Me sentei na cama ao lado da minha filha mais nova e acariciei seus cabelos bem penteados, isso é obra do Veri.
Pousei minha mão sobre a dela e senti-a gelada.

- É hora do remédio da minha senhora.

Veri entrou no quarto com o arsenal de poções para revigorar e juntar os ossos.

- Faça aquele feitiço de novo, Veri. - Pedi

- O senhor vai ficar obcecado dessa forma, já vimos ele hoje pela manhã.

- Não me importa, eu preciso saber se continua bem.

Ele suspira resignado e faz o que eu pedi.

Logo ouço o barulho do coração batendo forte. Meu neto.

Impossivel não sorrir. Minha filha e meu neto estão seguros.

Prometida - DRACO MALFOYOnde histórias criam vida. Descubra agora