cap 59

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SANSA POV:

Subo a escada com dificuldade, mas minha maior irritação são as vozes atrás de mim. Sinto uma tontura leve e me apoio no corrimão.

Sou amparada rapidamente por meu pai.

- Eu estou com a razão. Você não está bem. Chega! Vai descansar agora. - Ele ordena como quem fala com um empregado.

Me desvencilho de seu aperto e o encaro.

- Acho que vocês ainda não entenderam. Estou indo atrás do Draco. Agora.

Ele pisca atônico com a minha afronta.

Encaro Druella e Mattheo que me olham como quem não acredita.

- Eu não gosto de traidores. E esconder a carta que ele me enviou, foi traição.

- Nós queríamos te proteger. - minha irmã é a primeira a se defender.

- Fizemos pelo seu bem. - Mattheo abaixa a cabeça envergonhado.

- Só me deixam ainda mais irritada com essas desculpas! - me viro rapidamente e vou em direção ao meu quarto.

Assim que entro, tranco a porta.

- Mala...- falo comigo mesma enquanto procuro onde guardar algumas roupas.

Papai começa a bater na porta e eu finjo não escutar.

Assim que acho uma mala, coloco algumas coisas que eu possa precisar.

- Veri!

Chamo o elfo e ele logo aparece.
Olho para o seu rosto carinhoso, um rosto por anos que foi meu único lugar de carinho e conforto.

- Você também sabia? - Pergunto sobre a carta

- Sim. - Ele responde sem titubear.- Eu disse a ele que não era uma boa ideia, te deixou nervosa.

Começo a andar em círculos. Ninguém vai me levar até ele.

- Preciso vê-lo. Chame-o até aqui. - Me sento em uma poltrona no canto do quarto.

- Já tentei convencê-lo a vir. Ele não quis. - Ele joga as palavras sem se importar em como irei me sentir.

- Ele não me quer mais?

- Ele te ama, senhora, mas pelo que eu entendi, ele quer ser escolhido dessa vez.

- Mas em momento nenhum ele deixou de ser uma prioridade.

- Parece que foi isso que a senhora deu a entender.

-  A viagem até lá é longa? - Me preocupo por causa das dores cada minuto mais fortes.

- Nessa chuva, sim. A casa é linda, milady vai amar, o menino Malfoy escolheu tudo a dedo.

Me encanta saber que ele pensou em cada detalhe do nosso lar.

Respiro fundo e decido escrever uma carta, mas assim que me levanto sinto um líquido quente escorrer por entre as minhas pernas, molhando toda minha calça de moletom e meu tapete.

- Merda... - Digo enquanto uma dor intensa se irradia por toda minha perna esquerda

- A bolsa estourou. Nosso menino vai nascer. - Veri se agita e abre a porta dando a notícia aos outros.

Meu quarto ferve de vozes e pessoas preocupadas.

- Faltam algumas semanas ainda. - Minha irmã exclama nervosa.

- Chame um médico, Veri. - Meu pai ordena.

- NÃO! - digo rápido antes que ele aparate. - O Draco, Veri. Chame primeiro ele.

Todos me olham incrédulos.

- Mas esfinge, o seu bebê é prioridade, a sua gravidez não foi das mais tranquilas. - Mattheo tenta me dissuadir.

- O Draco e a parteira da Druella, eu quero os dois. Por favor, faça isso por mim. - Seguro minha barriga sentindo que ela vai cair a qualquer momento.

- Sim, senhora. - Dito isso, ele se vai.

- Venha deitar irmã. - Druella me apoia.

- Eu quero um banho quente, estou sentindo muita dor nas costas.

- Eu ainda insisto que o Dr Charles venha, essa dor não é normal. - Meu pai se intromete novamente.

- E o que você entende de parir uma criança, pai? - sou irônica.

- Realmente nada, mas amo demais meu neto e me preocupo com ele.

- Se preocupe com o Eldric e vá ver como ele está. Os dois. - Druella aponta para Mattheo e nosso pai.

- Assim que Veri voltar, nós avisamos.- Meu amigo entende meu momento e praticamente arrasta meu pai para fora do quarto.

- Agora vamos com calma até o banheiro.

Druella enche a banheira e me ajuda a entrar, finalmente está chegando a hora de conhecer meu filho.

DRACO POV:

Estou trancado no quarto que mandei decorar para o meu filho, essa casa imensa e esse é meu lugar favorito.

Nem preciso dizer o quão arrependido eu estou de não ter ido atrás da minha ruiva ainda. Dei um prazo e é óbvio que ela ignorou. Cretina gostosa.

Deixo a garrafa de bebida do meu lado e fixo minha concentração no barulho de portas batendo.

Pego minha varinha e saio com cuidado para ver o que está acontecendo.

Estou prestes a atacar quando reconheço a figura pequena e carrancuda me encarando.

- Você quebrou uma porta francesa e caríssima. - Digo apontando para a porta que está arrombada.

- Seu filho vai nascer.

- O que? - acho que não entendi direito.

- Entregaram hoje sua carta para minha senhora e ela se agitou demais querendo vir até aqui. O menino vai nascer.

Assim que ele termina de proferir as palavras, começo a ouvir um zumbido no meu ouvido e tudo fica preto de uma vez só.

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O desmaio do gato. 😂

Prometida - DRACO MALFOYOnde histórias criam vida. Descubra agora