CAP 51

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- Eu poderia facilmente me acostumar a viver aqui.- Pansy fala enquanto tomamos nosso suco de laramora.

Viemos passar uns dias no chalé próximo as montanhas.
Draco e Mattheo estão mais a frente assando uns marshmallows na fogueira.

- Vocês ainda não resolveram a questão da antiga mansão dos Riddle?

- Não. Eu só sei que precisamos de um lugar para criar nossos meninos, e lá é longe o suficiente dos meus pais, eles querem se meter em tudo.

Minha amiga suspira e acaricia a barriga gigantesca.

- Mas..- A incentivo a continuar.

- Mattheo não quer criar os meninos lá, diz que o lugar é cheio de más lembranças.

Apenas meneio a cabeça e continuo observando nossos maridos.

Bom, meu marido e o namorado da Pansy, já que o Mattheo ainda não pediu ela em casamento.

- Mas eu poderia repaginar todo visual de lá, não teria aquele ar de morte.

Eu sei o quanto aquela casa afetou meu amigo, mas não digo nada, não é minha história para contar.

- Ele deve ter os motivos dele.

Ela me fita totalmente desconfiada.

- E você sabe quais são. - Afirma.

Apenas dou de ombros e encerro o assunto.

- E os bebês? Já escolheram os nomes?

- Não, não gostamos de nada. - Ela suspira resignada. - As vezes acho que deveria aceitar a sugestão dos meus pais.

- E qual seria?

- Me separar.- Ela diz tão baixo que quase não ouço.

- O que? Desde quando isso?

- Eles temem pelo estigma que o sobrenome do Mattheo tem e que isso possa afetar os meus filhos.

- Pansy, isso é injusto.

- Eu sei, mas eu sei lá. Estou tão cansada. Espero que quando eles nascerem, eu possa colocar a cabeça no lugar.

Eu ia responder quando os meninos se aproximam.

Draco se senta ao meu lado e Mattheo fica ajoelhado na frente da barriga da Pansy.

- Linda, não é? - Meu amigo acaricia a namorada

- Tomara que seus filhos puxem a mãe.- Draco implica.

- Só não vou desejar o mesmo pois sei como a Sansa é difícil.

Finjo me sentir ofendida.

Passamos o resto da noite nesse clima ameno de risadas e conversas.

Mas tudo o que a Pansy me disse não saiu da minha cabeça.

DRACO POV:

- Deixa que eu te ajudo. - Levanto rápido da cama quando Sansa faz menção de querer ir ao banheiro.

- É de madrugada, vai dormir, homem. - Ela implica mas aceita minha ajuda.

- Sabe que eu tenho o sono leve.

Realmente. Eu sempre estou em alerta. Talvez isso seja trauma.

Minha ruiva apenas sorri e aceita o auxílio.

Levo-a até o banheiro e a ajudo a voltar para cama.

- É impressionante.

- O quê? - Ela pergunta curiosa.

Ajeito as cobertas ao redor da minha barriga de grávida preferida no mundo todo e dou um beijinho.

- Você conseguiu ficar mais linda.

Minha ruiva me dá um sorrisinho tímido.

- E pensar que em poucos meses vamos ter o nosso menino nos braços.

Eu sei. Penso nisso todos os dias.
Me deito nas costas dela e a abraço.

- Eu amo vocês, Sansa.

- Nós também te amamos.

Eu sei. Ela nunca precisou me falar isso.

- Hoje você ficou meio aérea, estranha...

- Umas coisas que conversei com a Pansy.

- Pode me contar?

Ela vira para ficar de frente comigo. Recebo um chute do meu garoto.

- Você sabia que os pais dela estão pressionando para que ela se separe do Mattheo?

- Como isso é possível?

- Ele tem medo sobre a questão do sobrenome...

- Isso ainda é injusto. Mattheo lutou contra o pai.

- Pois é. Apenas fiquei sentida por ele.

- Ele nunca vai aceitar ficar longe dos filhos.

- Se a Pansy falar que é para o bem dos meninos, ele se afasta sim e assiste tudo de longe. Eu conheço meu melhor amigo, ele vai se sentir culpado, o Mattheo prefere sofrer sozinho do que arrastar aqueles que ele ama para o sofrimento com ele. A Pans não pode afasta-lo.

Fico pensando naquelas palavras. Eu jamais me afastaria do meu filho, por nada nesse mundo, nem que a Sansa me pedisse.

- Eu nunca pediria algo assim para você.- Ela parece ler meus pensamentos.

Espera ai.

- Para de ler meus pensamentos.

- Desculpa, é a força do hábito.

- Então quer dizer que a senhora fica entrando na mente das pessoas sorrateiramente?

Ataco ela com cosquinhas. Ela gargalha. Feliz. Eu faço ela feliz.

- As vezes...- Confessa enquanto recupera o fôlego.- Eu só queria fazer algo por eles.

- Nós precisamos cuidar da nossa vida, temos problemas demais. - Lembro-a

- E quais são? Nossa vida beira a perfeição, Draco.

- Você sabe. Você ainda não decorou o quarto do nosso filho, minha mãe e sua irmã vivem me mandando corujas, e é sempre a mesma coisa.

"Sansa não liga para mim." Imito a voz da minha cunhada.

" Ela nem se digna a me responder sobre as cores do quarto." agora imito minha mãe.

Sansa sorri.

- Estou cansada delas, desde que permiti que me enviassem sugestões as duas estão impossível.

- É só escolher alguma coisa...

- Mas é tudo tão espalhafatoso e imponente. É só um bebê.

Suspiro resignado. Eu concordo.

- Amanhã nós iremos escolher as coisas do nosso menino.

- Promete? - Os olhinhos dela brilham.

- Prometo.

Dou um beijo em sua testa e a aconchego em meus braços.

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Boa noite bebês

Prometida - DRACO MALFOYOnde histórias criam vida. Descubra agora