CAP 18 - Champion

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Seis anos atrás

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Seis anos atrás...

Hoje não está sendo um dia bom; faz oito dias que torci meu pé, e o médico disse que eu já posso ir para a escola. Mas a verdade era que eu não estava tão animada para isso; as pessoas de lá eram malvadas.

— Stellar, você está atrasada! — Gritou minha mãe do andar de baixo.

Peguei minha bolsa, que estava em cima da cama, e coloquei nas costas.

— Já estou indo.

Abri a porta, passando por ela, andei pelo corredor até chegar às escadas. Olhei para os degraus e comecei a descer devagar, segurando no corrimão. Desde o primeiro dia que machuquei, tive que repetir isso mais vezes do que gostaria. Chegando no último, dei um suspiro satisfeita por não ter demorado tanto, como nas outras vezes.

Caminhei calmamente até a porta da frente de casa, abrindo-a.

— O que você está fazendo aqui? — Arregalei os olhos, vendo Liam parado do lado de fora da casa.

— Vim te buscar — murmurou, não me olhando.

— Não precisava — fechei a porta e passei por ele, indo para a calçada.

Senti sua presença atrás de mim segundos depois.

Desde o dia que ele me deu o beijo, a gente tá meio estranho. Eu já fui na casa dele depois daquilo, mas agora está diferente nossa amizade. Ele evita me encarar por muitos minutos, e na escola, a maioria das vezes, eu ficava sozinha. Depois que torci o pé e faltava à escola, ele não veio me visitar e também não dava notícias. O máximo que ele fazia era deixar bilhetinhos amarrados em pedrinhas que conseguia jogar para dentro da janela do meu quarto, perguntando se eu estava bem, e apenas isso.

— Você está andando devagar demais — resmungou. — Assim, vamos chegar na escola só no ano que vem.

— Então pode ir na frente — disse sem olhá-lo.

Estava de saco cheio dele não ter vergonha na cara.

— Não fale assim — entrou na minha frente, me obrigando a parar de andar. — Venha — virou de costas e abaixou.

— O que você está fazendo?

— Sobe logo, não vou ficar para sempre nessa posição.

Segurei a risada vendo-o passar a mão nas costas como um idoso.

Decidi deixar o orgulho de lado e subi em suas costas, segurando em seu pescoço e passando a perna ao redor da sua cintura.

— Caramba, você é pesada — riu, levantando e voltando a andar.

Ele dizia isso, mas agia como se não tivesse nada em suas costas.

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