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        — EI, Endrick!

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        — EI, Endrick!

A voz parecia distante, me puxando de um sono pesado. Eu sentia meu corpo afundar no colchão, a cabeça latejando como se estivesse prestes a explodir. A luz fraca do quarto apenas aumentava a confusão em minha mente.

— O que é? — murmurei, tentando afastar a névoa que parecia envolver tudo. Minhas mãos tremiam levemente enquanto eu olhava ao redor. Estava em um dos quartos de hóspedes do Veiga, mas não fazia ideia de como havia chegado ali. — Minha cabeça... minha cabeça vai explodir. Onde... onde eu tô'?

— Eu sei, cara. — Veiga respondeu ao meu lado. Havia algo de estranho em sua voz, uma seriedade que me fez despertar um pouco mais. — Os policiais te encontraram desmaiado no chão... segurando ela.

Meus músculos se retesaram ao ouvir aquelas palavras. Ela. Estella. Um misto de pânico e ansiedade cresceu no meu peito.

— Que que aconteceu? — Minha voz saiu mais dura do que eu pretendia, mas o desespero era palpável. — Por que eu tô' aqui? Onde ela tá'?!

— Os policiais vão querer seu depoimento depois pra fechar o caso. — Veiga respirou fundo, como se precisasse de força para continuar. — Você veio pra cá porque seus pais estão viajando, e não conseguiram pegar um voo. Mas eles estão em contato o tempo todo pra saber como você tá.

Eu queria gritar. Dane-se meus pais, pensei. Eu só quero saber de uma coisa.

— Dane-se meus pais! — explodi, levantando-me com um esforço que me fez cambalear. — Onde tá' a marrenta? Cadê a Estella, Veiga? Me fala!

Veiga hesitou, seus olhos cheios de dor. Ele sabia que a resposta ia me destruir. — Ela... sobreviveu. — As palavras saíram lentamente, como se ele estivesse mastigando cada sílaba. — Mas teve que passar por várias cirurgias, Endrick. O coração dela já parou duas vezes. Ela tá lutando, mas os médicos disseram que o caso é... grave. De risco.

Meu corpo enfraqueceu, e eu senti minhas pernas falharem. Estella estava viva, mas por quanto tempo?

— Ela tá no hospital. O Bryan e o Abel estão com ela.

Eu respirei fundo, tentando manter o controle. A memória de tê-la em meus braços, inerte, tomou conta de mim. Eu tinha certeza de que a havia perdido naquela noite. O medo voltou a apertar meu peito, e as palavras de Veiga ecoavam na minha mente. Risco. Ela estava à beira da morte, e eu nada podia fazer.

— Você foi ver ela? — perguntei, com a voz fraca. O silêncio de Veiga disse tudo. Ele abaixou a cabeça, passando as mãos pelo rosto.

— Eu não consegui. — Sua voz estava embargada. — Eu vi ela nascer, cara. Eu não vou conseguir ver minha melhor amiga morrer.

Essas palavras me atingiram em cheio. Eu queria gritar, correr, fazer qualquer coisa para mudar a realidade. Mas estava preso naquele pesadelo.

— Onde vocês estavam? — perguntei, a necessidade de entender o que havia acontecido dominando meus pensamentos.

Lembre-se De Mim || Endrick F. (1° Conto da saga Buoni Demoni)Onde histórias criam vida. Descubra agora