INTERTWINED - 𝐚𝐞𝐦𝐦𝐚 𝐚𝐫𝐫𝐲𝐧.

𝐭𝐰𝐨.

"eu só peço a deus um pouco de malandragem, pois sou criança e não conheço a verdade."
— malandragem, cássia eller.

🐉

Ao alcançarem o Fosso dos Dragões, um espetáculo de grandiosidade e mistério, Daemon e Aemma foram recebidos pelo ressoar das asas majestosas e o rugir distante dos dragões. O lugar, envolto pela aura mágica e ancestral, testemunharia um momento único na história dos Sete Reinos.

Daemon, com uma confiança inabalável, conduziu Aemma para mais perto dos dragões acompanhado pelos cuidadores que estavam presentes ali, revelando o ambiente repleto de fumaça e calor. Entre as sombras dançantes, emergiu Meleys acorrentada junta aos guardiões do Fosso, o dragão vermelho cor de sangue, cujas escamas brilhavam à luz do fogo. Era o dragão de sua mãe.

Os olhos de Aemma se arregalaram diante da imponência da criatura. O fogo refletia em seus olhos enquanto Daemon, com um sorriso orgulhoso, se aproximava de Meleys mas mantendo uma curta distância, devido ser o dragão de sua mãe. O dragão abaixou-se levemente, como se reconhecendo a presença do príncipe. Daemon, então, ergueu a mão em uma saudação que transcendia as palavras.

Valiriano, língua ancestral dos Targaryen, ecoou pelos corredores do Fosso dos Dragões. — Meleys, issa vekhat. Sheiraan laajos, Aemma Arryn. — "Esta é minha noiva, Aemma Arryn."

Aemma, mesmo com a prática da língua maternal enferrujada, entendeu as palavras e sentiu a reverência nas palavras. Daemon, com um gesto gracioso, indicou Aemma ao dragão.

Meleys, em resposta ao comando valiriano, inclinou-se ligeiramente em reconhecimento. Uma conexão antiga e poderosa estava se formando naquele momento, selada pelas asas batendo e pelo fogo que queimava nos olhos do dragão.

Daemon, orgulhoso e sorridente, percebeu que Aemma corava diante da majestade do dragão. Ele riu de maneira afetuosa, apreciando a inocência dela. — Parece que a dragão da mamãe ficou impressionada, Aemma.

Ela tentou responder, seu rosto enrubescido entregando uma mistura de surpresa e constrangimento. — Uh, ñuhys, ziry Aemma — ("Uh, me chamo Aemma?").  — Aemma tentou arriscar algumas palavras na língua ancestral, mas suas tentativas iniciais soaram mais como um sussurro confuso.

Daemon não pôde conter o riso, divertindo-se com a tentativa adorável de Aemma. Contudo, para surpresa de ambos, Meleys emitiu um rugido que, surpreendentemente, soou quase como um ronronar. Aemma ficou boquiaberta enquanto o dragão reagia de maneira peculiar.

— Dragão enxerida, você é igual a muña! — repreendeu Daemon, seu tom de voz contendo uma mistura de repreensão e carinho. Parecia que Meleys, o majestoso dragão, apreciava a apresentação inusitada de Aemma de uma maneira que ninguém poderia ter previsto.

Aemma, ainda corando devido ao acontecimento com Meleys, decidiu mudar o foco da conversa, querendo aprender mais sobre os magníficos habitantes do Fosso dos Dragões.

— Daemon, quais dragões habitam o fosso além de Meleys? — perguntou ela, demonstrando um misto de curiosidade e respeito.

Daemon, com um brilho nos olhos, começou a descrever os majestosos habitantes do Fosso dos Dragões: — Além de Meleys, temos Vermithor, Silverwing, Caraxes e Dreamfyre. Todos com suas próprias lendas e histórias que ecoam pelos Sete Reinos. — Disse o príncipe.

— Eu posso chegar relativamente perto de Meleys porque ela já conhece meu cheiro e também porque ela está presa, devido meus passeios com a mãe, mas não posso subir nela. — Relatou essa parte com um certo pesar, era doloroso não ter um dragão ainda, mas mantinha a esperança de reivindicar um.