INTERTWINED - 𝐚𝐞𝐦𝐦𝐚 𝐚𝐫𝐫𝐲𝐧.

𝐩𝐫𝐨𝐥𝐨𝐠𝐮𝐞.

"ainda bem que você vive comigo, porque senão como seria esta vida?"
                — ainda bem, vanessa da mata.

🐉

Os corredores de Pedra do Dragão estavam em um alvoroço silencioso quando o nascimento de Daemon Targaryen foi anunciado. O ar no castelo parecia impregnado de uma energia especial naquele dia, como se os Deuses estivessem sinalizando algo grandioso. Baelon Targaryen, o orgulhoso pai, exibia um sorriso para sua esposa-irmã, Alyssa Targaryen, que misturava alegria e a seriedade típica de um príncipe herdeiro.

Daemon veio ao mundo como uma promessa de grandeza e poder, sua presença carregada de expectativas. Seu choro ressoou como o rugido distante de um dragão, ecoando pelos corredores do castelo e selando, de acordo com os murmúrios dos sábios, um destino que ultrapassava os limites do tempo.

Um ano depois, no Vale que abrigava o Ninho da Águia da casa Arryn, um sentimento similar impregnava o ar quando Aemma Arryn veio ao mundo. Rodrik Arryn, Senhor do Ninho da Águia, mal conseguia conter a emoção ao ver sua pequena filha abrir os olhos para o mundo, tão frágil, tão pequena e incrivelmente silenciosa. Ele já amava desde o primeiro suspiro. Os sussurros nos salões do Ninho falavam sobre como os Deuses pareciam ter entrelaçado os destinos dos herdeiros de duas casas nobres em um laço indissolúvel. Mas a emoção não durou muito tempo quando o grito da Rainha Alysanne ecoou em todo Ninho da Águia, avisando que o Estranho levou sua preciosa Daella, deixando Rodrik com a única coisa que lembrava a mesma: Aemma.

Nos anos que se seguiram, Pedra do Dragão, Fortaleza Vermelha e o Vale Arryn tornaram-se palcos de destinos entrelaçados pela trama dos Deuses. Daemon Targaryen, forjado pelos olhares vigilantes de Baelon e Alyssa, além da sombra enigmática de seu irmão mais velho, Viserys, era uma amalgama notável de coragem, petulância e destemor desde sua infância. Seu talento excepcional na arte da guerra não era apenas uma habilidade, mas uma expressão de sua alma intrépida, sempre ansiosa por desafios que testassem seus limites.

A paixão de Daemon pela exploração dos céus com os dragões da Casa Targaryen transcendia a mera busca de poder. Cada voo junto de seus pais era uma jornada para desvendar os segredos dos céus, uma extensão de sua curiosidade insaciável. Sua ousadia na doma e manejo dos dragões era uma dança perigosa, onde coragem e respeito pela criatura alada se entrelaçavam.

Aemma Arryn, envolta em sua aparente fragilidade e timidez, revelava uma complexidade fascinante. Sob a delicadeza de sua aparência, residia uma astúcia astuciosa que se desdobrava como as asas de um falcão nos céus do Vale. Sua timidez não era sinal de fraqueza, mas sim uma camuflagem hábil para a mente afiada que observava atentamente o mundo ao seu redor.

Ela absorvia conhecimento como uma esponja, encontrando nos livros e nas estratégias de governo um refúgio para sua natureza introvertida. Seus olhos azuis, normalmente suaves quanto as ondas do mar, ganhavam uma centelha de inteligência quando mergulhados em pensamentos profundos. Aemma aprendia a arte da diplomacia e manipulação, utilizando sua perspicácia para decifrar as entrelinhas das cortes e tomar decisões que surpreendiam até mesmo as septãs mais experientes durante suas pequenas aulas.

Entretanto, a sombra da tragédia ainda pairava sobre Rodrik Arryn, que, mesmo governando o Vale com firmeza, carregava a dor da perda de Daella e a dor só se aprofundava ainda mais em si ao olhar para a pequena Aemma e a preocupação em seus olhos se erguia cada vez mais a medida doce menina ia crescendo.

À medida que Daemon Targaryen e Aemma Arryn cresciam, a cumplicidade entre eles se aprofundava como raízes entrelaçadas em solo fértil. Os sábios sussurravam que o riso deles era uma sinfonia divina, uma harmonia que ecoava pelos corredores dos castelos como um testemunho vivo do laço misterioso que os unia. "Era como se os Deuses tivessem entrelaçado o destino de Daemon Targaryen e Aemma Arryn, unindo-os antes mesmo de entenderem o que significava amor e lealdade." Diziam alguns anciões que espiavam as interações das crianças a medida que cresciam.

As aventuras se transformavam em memórias entrelaçadas, e as travessuras eram os fios que teciam a tapeçaria de uma amizade que transcendia a simples camaradagem. Daemon, com sua ousadia, e Aemma, com sua astúcia, complementavam-se como peças de um quebra-cabeça celestial, desafiando as expectativas e moldando uma narrativa que os Deuses pareciam ter escrito.

O fogo e o sangue dos Targaryen encontraram na inocência e calmaria dos Arryn uma aliança que confundia as linhas entre as tradições e as normas. À medida que os anos passavam, a promessa selada pelos Deuses tornava-se uma realidade inegável, e o destino de Daemon e Aemma se transformava em uma lenda viva, uma história de amor e lealdade entrelaçada nas páginas do reino.