Capítulo 25

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Sinto que cometi uma loucura, porém a loucura veio acompanhada de muita certeza

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Sinto que cometi uma loucura, porém a loucura veio acompanhada de muita certeza. Se minha linha de raciocínio estiver errada, pessoas inocentes podem acabar sofrendo as consequências, mas se minha linha de raciocínio estiver certa, eu descubro algo bom hoje.

— Conseguimos.

Ouço o som da voz do Urias ressoar pelo escritório e maneio a cabeça em direção a ele.

— Conseguimos? — Me levanto com cuidado e caminho até a mesa.

— Alguém acabou de entregar algo para o porteiro em seu nome. — Urias deixa seu celular em cima da mesa. — A pessoa viu sua postagem.

— Só precisamos esperar mais um pouco. — diz o profissional de computação.

Eu tive uma ideia um tanto louca e que pode prejudicar mais do que ajudar, mas era a única alternativa. Eu postei em meu instagram, especificamente nos Storys, uma foto de uma loira de costas, nada dela é perceptível a não ser pelos fios loiros. Nós vimos cada pessoa que olhou a postagem, descobrindo quem era real e quem estava me monitorando. Se minhas teorias estão certas, a Raquel é a fonte de algo.

— Manda uma mensagem — sugiro.

— Certeza? — Urias me encara.

— Sim. Vamos descobrir o que essa pessoa quer comigo e porque esta interessada em me ferrar. — Puxo minha cadeira e me sento ao lado do Hacker.

Observo os passos dados pelo homem da computação, vejo ele entrando na DM da possível pessoa e mandando um simples cumprimento. Não demora nem dois segundos completos para a mensagem ser lida e respondida. "Você me achou."

— Pergunta o que quer — mando.

Minha ordem é atendida e novamente a mensagem de resposta é imediata. "Vamos conversar por ligação". O meu celular toca imediatamente, todos os olhares são lançados a ele no mesmo instante. Faço um sinal com a cabeça para que o Hacker rastreie a ligação e atendo.

— Olá, Briar Koa Faure.

A voz não é conhecida, não me vem à cabeça que eu possa ter ouvido alguma vez na vida. Provavelmente está modificada, ou talvez seja alguém de fato desconhecido.

— O que quer comigo? — Me ponho de pé.

— Com você? Nada.

— Então por que quer me ferrar? — Coloco no viva voz e deixo o celular em cima da mesa.

— Eu não quero ferrar você, eu quero ajudar você. Se eu quisesse acabar com você, era só dizer a polícia que você realmente é um agiota...

— Eu não sei do que você está falando.

— Não vamos entrar nesse jogo. Eu tenho ótimas provas e você sabe disso. — No fundo, o barulho do fundo da xícara batendo na mesa ressoa. — Você quer saber o que eu quero de você.

— Dinheiro? Meu Clube?

— Não. Você não acha engraçado que tudo isso começou justamente quando a juíza entrou na sua vida?

Urias me encara como quem diz que avisou.

— Quando você a conheceu no bar, uma investigação contra você já tinha começado — continua. — Você nunca ligou uma coisa com a outra?

— Você está tentando me colocar contra a Raquel ou está dizendo que ela é a culpada? — Franzo o cenho.

— Você deve a conhecer melhor que eu, afinal você explorou ela em todos os sentidos naquele banheiro. Você transou com uma juíza sendo um criminoso.

— Como você sabe tanto sobre isso? Não é como se eu tivesse colocado isso na Times Square. — Espalmo as mãos na mesa e me inclino para frente.

— Você deve saber que ela tem uma certa mania de se intrometer em assuntos que não são dela. Eu também sou assim, intrometido igual ela. Mas, confesso, ela é esperta, investiga as coisas com mestria e descobre as coisas melhor que policiais e detetives, e esse é o real problema.

— Não entendi seu ponto.

Ouço-o bufar do outro lado da linha.

— Livre-se dela...

— Você quer dizer para matá-la? — Fico incrédulo.

— Não exatamente. Eu vou te dizer algo: a sua querida juíza está investigando você, tem mapeado cada um de seus passos e falas, se aproxima de você por puro interesse. Ela quer prender você e talvez consiga.

— Ela já me disse que me colocaria na cadeia, não é novidade.

— Mas já pensou o que aconteceria se você caísse? Tem seus clientes e sócios, políticos, empresários, gente da justiça. Se você caísse por conta da Raquel, ela também cairia.

— Como ela cairia?

— Alguém se livraria dela, isso é fato.

Encaro o Urias, ele diz para eu perguntar o que devo fazer.

— E o que eu devo fazer? — Me atento.

— Mantenha ela longe. Se afaste da juíza e eu lhe deixo em paz.

— Mesmo que eu a mantenha longe, ela não vai parar.

— Então alguém terá que para-la!

— O que?! — Me afasto do celular.

O barulho da ligação sendo desligada ressoa.

— Não, isso não. — Pego meu celular e tento achar a ligação.

— Briar...

— Não, Urias. — Jogo meu celular na mesa. — Você não ouviu?

— Ela está te investigando para te prender e você está preocupado com a vida dela? — Urias cruza os braços, indignado.

— Eu fui atrás dela, eu a coloquei nisso. Ela não lembrava de mim, mas eu insisti.

— Esse foi seu erro, Briar!

— Se ela está me investigando, é porque eu a deixei instigada o suficiente para isso. Eu não posso deixar a Raquel correndo risco porque eu enfiei na vida dela um louco.

— Ela é juíza, se alguém a ameaçar, será muito bem defendida. Deixa ela, Briar, você tem muito mais a perder...

— Exatamente. — Pego meu celular em cima da mesa e caminho em direção a saída do escritório. — Se tiver alguma atualização, me liguem.

Puxo a maçaneta da porta e me coloco para fora do escritório do meu clube com a cabeça totalmente cheia de problemas a serem pensados.

Eu não posso deixar a Raquel agora, eu a coloquei nisso quando insisti em me aproximar dela igual um louco. Se ela está me investigando, é tudo culpa minha que alimentei a curiosidade dela e dei diversos motivos para ela realmente achar que sou criminoso e obcecado. Eu vou proteger a Raquel mesmo que isso signifique que eu vá para a cadeia.

Preso Em Seu Amor - Spin-Off de Minhas Paixões Onde histórias criam vida. Descubra agora