Em uma quarta-feira qualquer de uma noite de desagrados, Raquel decidiu ir em um bar após o trabalho, onde conheceu um homem charmoso e se envolveu com ele em um banheiro. Meses depois, ela, como juíza, recebeu o caso de um agiota, sem saber que ele...
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Estou com a cabeça doida de problemas faz alguns dias, eu mal saí, eu mal comi, eu mal fiz qualquer coisa porque estou seriamente preocupado com a pessoa que quer foder comigo. A pessoa não entrou em contato novamente, não diz nada, não faz nada e parece não querer nada, porém eu não posso deixar isso em pune.
Me desperto da linha de raciocínio que meus pensamentos estavam tomando quando meus ouvidos captam o barulho de batidas na minha porta. Permito a entrada da pessoa enquanto volto a me sentar em minha cadeira escura de couro.
— Briar, isso chegou para você. — Urias entra em meu escritório portando um convite de papel. — O porteiro colocou no elevador.
— Você não viu o que é? — Me levanto.
— Se está se perguntando se é daquela pessoa misteriosa e ameaçadora, pode mudar de ideia. É um convite.
Pego da mão do Urias e analiso-o. É um convite de um amigo do meu pai, costumávamos visitar seu clube a cada duas semanas para uma partida de tênis ou golfe.
— É o senhor Clarke, está nos convidando para uma competição de tênis que irá acontecer hoje — digo. — A Lila está em casa?
— Está se arrumando para algo.
— Diga a ela para cancelar. Vamos a essa partida de tênis nem que seja para assistir por 20 minutos.
— Vou falar com a Lila e pegar um casaco para mim.
— Vou aguardar no hall de entrada.
Urias assente com a cabeça e se coloca para fora do escritório. Caminho para o grande espelho que tem no escritório e fecho os botões da minha camisa branca de manga curta. Ajeito a correntinha prata do meu pai no meu pescoço, pego meus anéis no bolso da minha calça vermelha e coloco-os em meus dedos. Caminho para fora do escritório, posso ouvir as reclamações da Lila para o Urias e o salto dela batendo em cada degrau da escada.
— Lila, chega — mando.
Ela me encara, me olha de cima a baixo e passa por mim sem dar a mínima.
— Eu não consigo lidar com ela, Briar — Urias reclama.
Urias é filho de uma amiga da minha mãe dos tempos de infância, Lila, ele e eu nos conhecemos há muitos anos. Óbvio que a idade dele está mais próxima da Lila, ele tem 25 anos e a Lila tem 21 anos. Ela sempre foi a fim da Lila, porém a Lila é uma garota que se aborrece por tudo, briga com o Urias por tudo e não suporta ser mandada, o que é irônico porque eu mando nela muitas vezes. Com a vida que levamos, eu preciso protegê-la o tempo todo e como ela não sabe dos meus negócios, não vê necessidade nisso e acha que estou sendo chato.
— Às vezes eu também não — digo, caminhando para o elevador.
Lila está dentro do elevador batendo o pé enquanto nos espera, entramos no elevador e descemos para a entrada do prédio. Ao sair do elevador, ponho a mão nas costas da minha prima e a guio para fora. Meu carro está estacionado do lado de fora, eu abro a porta para a Lila se colocar no banco de trás e caminho para o banco do motorista, Urias se coloca ao lado de Lila. Ponho o cinto de segurança, ligo o carro e sigo caminho.
