Capítulo 38

39 7 2
                                    

Às vezes observo a Lila e o Urias, eles são como aquelas crianças que se implicam e o professor diz que se amam, porque eles realmente se amam, apesar das inúmeras brigas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Às vezes observo a Lila e o Urias, eles são como aquelas crianças que se implicam e o professor diz que se amam, porque eles realmente se amam, apesar das inúmeras brigas. O Urias não se sente confortável com os amigos da faculdade da Lila, e a Lila não gosta que o Urias frequente o Clube. Então, quando os dois estão livres, decidem que é uma ótima oportunidade para sair e esquecer que no dia seguinte estarão brigando pelo mesmo motivo de sempre.

Eu fico tranquilo deles ter um ao outro, pois sei que minha liberdade está acabando e a Lila terá alguém para cuidar dela. Eu observo eles porque eu consigo levar a minha mente até a época que eu também amava alguém, que alguém estava na minha vida e era importante para mim, mas a vida pode ser irônica muitas vezes e tirar aquilo que ela mesmo colocou na sua vida. Agora eu não tenho ninguém, escolhi não ter ninguém com medo da vida pregar a mesma peça novamente.

Quer dizer, eu tenho a Raquel na minha vida, eu estou protegendo ela e ela, apesar da sua completa ignorância, é gentil, bonita e consegue me arrancar boas risadas. Não que isso signifique que ela é algo para mim, longe de ser isso, mas digo no sentido de ter uma figura feminina ao meu lado.

O despertador do celular me acorda dos devaneios e me faz mover meus pés em direção a cozinha. Abro a tampa da panela, o cheiro bom da comida impregna o ambiente e faz meu estômago roncar. Deixo a tampa na panela, pego meu celular no bolso para desligar o alarme e checo a hora, 21:35.

Abro o armário que fica no alto, apanho talheres e pratos e caminho para a mesa de jantar. Organizo a mesa, colocando os dois pratos e os talheres, pego as duas taças que deixei na mesa e coloco-as ao lado do prato. Meneio a cabeça para a porta da cozinha quando o elevador indica que alguém chegou no apartamento.

— Meritíssima? — chamo.

— Quem mais seria? Está esperando alguma outra juíza?

— Uma na minha vida já é o suficiente.

Escuto o barulho dos seus saltos pelo piso, ela está se aproximando do cômodo. Observo ela entrando no cômodo com as mãos na cintura, o cabelo jogado para o lado e um sorriso ladino. Ela diz tanto do meu sorriso, mas ela está fazendo o mesmo ultimamente.

Tem algo diferente nela, ela parece mais...radiante, diferente. Talvez seja por causa da falta das vestimentas formais, ela traja uma saia curta jeans, uma blusa preta e uma jaqueta de couro marrom, nos pés uma bota cano alto preta. A Raquel está parecendo ter vindo para pecar. Eu nunca a vi tão informal.

— Uau. — Abro um sorriso. — Deixaram você trabalhar assim?

— Eu não estava no trabalho. — Ela tira a jaqueta de couro, deixa-a em cima da cadeira.

Tento não ser pervertido o suficiente para não descer os olhos para a sua regata e encarar demais o bico dos seus seios marcando no tecido.

— Que cheiro bom é esse? — indaga, se aproximando.

Preso Em Seu Amor - Spin-Off de Minhas Paixões Onde histórias criam vida. Descubra agora