Capítulo 34 |Pai?

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Este capítulo faz parte da nova versão do livro.

⚠️ Contém conteúdo +18 explícito e cenas de assassinato ⚠️

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BOA LEITURA!

Eu tenho demônios na minha porta, apenas me prometa que não deixará eles entrarem.

Paranoid,
- Chase Atlantic

Percebo meu peito prestes a irromper em um cataclismo incontrolável, tal a violência de cada pulsação que ressoa como trovões enclausurados

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Percebo meu peito prestes a irromper em um cataclismo incontrolável, tal a violência de cada pulsação que ressoa como trovões enclausurados.

As pernas queimam, e o ar parece escapar mais rápido do que consigo puxá-lo. Mas nada disso importa. Absolutamente nada.

Eu estou indo vê-la. Depois de tanto tempo, vou finalmente olhar nos olhos dela outra vez.

Os olhos de âmbar, onde a ternura e a ferocidade dançam em perfeita harmonia, como se a própria existência não tivesse permissão para marcá-la.

Meu peito vibra com uma felicidade tão absurda que mal consigo contê-la. As ruas de Marselha passam como borrões ao meu redor, um contraste de pedras antigas e fachadas modernas que conheço como a palma da minha mão, testemunhas de anos vividos aqui.

⸺ Porra, diminui! Tô morrendo aqui! ⸺ Elijah protesta atrás de mim, a voz dele entrecortada, tentando acompanhar meu ritmo.

O cabelo dele está completamente desordenado, bagunçado pelo vento.

⸺ Diminui nada! A gente não pode perder tempo! ⸺ Grito por cima do ombro, desviando de um casal que me olha como se eu fosse uma lunática.

⸺ Não era melhor a gente ter pego um táxi no aeroporto? ⸺ Elijah berra, buscando reconquistar o ar perdido.

⸺ E esperar até quando? O Natal? Estavam pegando antes da gente. ⸺ Retruco, minha voz mesclando sarcasmo e cansaço.

Não havia paciência para táxis, sem chance. Minha prioridade é ela. Sempre foi.

Essa correria começou assim que recebi a ligação. Tia Olivia não conseguiu nem terminar a frase: "Sua mãe acordou..." Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, eu já estava jogando roupas dentro de uma mochila e puxando Elijah porta afora.

A viagem de Nova York até Marselha foi uma tortura de horas que pareceram anos. A ansiedade mastigava minha sanidade enquanto eu encarava o relógio. E o barraco que eu fiz para conseguir aquelas passagens de última hora? História pra outro dia.

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