01: reencontro

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Eu não pude acreditar nos meus próprios olhos.

Era ele.

Eles, pra falar a verdade.

Tae-hyun e Cheong-san ali, alguns andares abaixo de mim, vivinhos, e atrás deles, duas pessoas que eu não consigo reconhecer.

Percebi que On-jo estava chorando e calambeando ao tentar andar e fui ajudá-la.

— Vamos descer, tá legal? O Cheong-san tá bem ali, eu falei que ele ia voltar... — coloquei uma mão no ombro dela, ajudando a mesma a andar.

Ela tremia muito.

— Na-não precisa... E-eu consigo, Ki-ha. Obrigada. — ela se soltou de mim e correu para as escadas.

O pessoal fez o mesmo, exceto Woo-jin, que permaneceu do meu lado.

— Você tá preparada pra reencontrar o seu irmão? — ele perguntou e passou a mão pela minha cintura.

Começamos a caminhar lado a lado em rumo as escadas. Eu fiquei pensando na resposta.

— Acho... Que sim. Afinal, todo o barraco que eu fiz nas primeiras semanas na zona não foi atoa... — falei com um sorrisinho.

Nós descemos as escadas numa velocidade um pouco maior, chegando até o térreo, e ali, eu vi.

Me soltei do Woo-jin e fui em direção ao Tae-hyun.

— Você... É real? — perguntei, encarando o mesmo.

Ele apertou as minhas bochechas, com um sorriso de orelha a orelha.

— Não, você tá alucinando. — ele riu e me abraçou — agora, sem brincadeira, eu senti sua falta, pirralha...

Ele é realmente real...

O Tae-hyun tá realmente vivo...

Meus olhos se encheram de lágrimas, e eu o abracei de volta.

— Porra! — soltei ele — por que cê fez isso?! Por que se deixou ser mordido daquele jeito?! Faz alguma ideia de como a Yu-ri e os nossos pais ficaram quando eu contei?! — dei alguns tapas nele.

Ele pareceu um pouco assustado com a minha rápida mudança de humor.

— Se acostuma, ela é assim. Todos os irmãos mais novos são. — Mi-jin disse.

— Poisé. — Ha-ri falou enquanto olhava pro Woo-jin.

Ele devolveu um olhar feio e continuou conversando com um dos garotos que estavam com o Cheong-san, a Nam-ra e o Tae-hyun.

— Sinto muito, mas eu não queria que nem você nem o seu namoradinho morressem, pirralha. — Tae-hyun disse com uma cara provocadora.

Senti minhas bochechas ficarem um pouco quentes.

— Para. Eu e o Woo-jin não temos nada. — virei a cara.

Ele continua irritante, mesmo depois de tanto tempo.

Me afastei dele e caminhei até o Cheong-san, que estava conversando com o Gyeong-su e o Su-hyeok, tendo a On-jo abraçada consigo.

— Lee Cheong-san... Né que você sobreviveu mesmo? — brinquei.

— Eu falei que ninguém mais iria morrer, não é, Moon Ki-ha? — ele sorriu.

— Ai, falando nisso, eu e o Su-hyeok te contamos o que ela fez naquele dia? Em Yangdong? — Gyeong-su perguntou enquanto sorria olhando para mim.

O que eu fiz? Bom... Matei uns cinco zumbis e... Ah. Me sacrifiquei pelo Woo-jin e pela Ha-ri. O Gyeong-su é um fofoqueiro, hein...

— Não. O que ela fez? — Cheong-san perguntou, curioso.

ALL OF US ARE DEAD • Moon Ki-haOnde histórias criam vida. Descubra agora