05: pré-apocalipse

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A Yu-ri estava no pátio, conversando com alguns soldados, sorrindo.

Ela cortou o cabelo e estava vestindo roupas militares. Ela virou uma soldada?

Corri até ela.

— Mana! — abracei ela.

— Oi, princesa — ela sorriu — cê tá legal? Soube que vai pra universidade de Seul.

— Tô bem sim! Mas e você? Entrou no exército? — perguntei enquanto olhava para as roupas dela.

— Sim. Me transferiram pro exército como Soldada Sênior.

— Que foda! Eu tô um pouco ocupada agora — apontei para as meninas com a cabeça — daqui a pouco eu volto! — agarrei as duas e sai correndo.

Corremos e corremos, até que chegamos no colégio.

Entrei na frente.

— Olá? Alguém em casa? — perguntei em um tom alto.

Três dos cinco hambies apareceram, Nam-ra, Cheong-san e Tae-hyun.

— A que devo-lhes a honra de suas visitas, madames? — Tae-hyun perguntou em um tom brincalhão.

On-jo foi correndo para Cheong-san, que a recebeu de braços abertos.

Caminhei até o Tae-hyun. Ele tá mais alto.

— Cresceu nesse meio tempo? Credo, parece um gigante. — zuei.

Ele riu e bagunçou o meu cabelo.

— Enfim, porquê vocês estão aqui? — ele perguntou.

— Nós... Vamos pra Seul. Fomos aceitos na universidade. — falei. — só queria avisar pra vocês. Quando puderem, vão lá nos visitar.

Nam-ra assentiu e os outros se despediram de nós.

— Boa sorte lá — Cheong-san falou.

— Obrigada — On-jo agradeceu dando um beijinho na bochecha dele.

Nós saímos do colégio e voltamos para a zona.

(...)

Já estava de tardezinha, quase a noite. Eu permaneci no meu quarto durante o dia todo, só sai pra almoçar.

Fiquei perdida nos meus pensamentos.

Agora, realmente acabou. Vamos recomeçar nossas vidas como pessoas normais, "os sobreviventes dos zumbis de Hyosan".

Fui trazida de volta a realidade por batidas em minha porta.

— Entra ai, tá aberta — falei enquanto continuava estirada na minha cama, apenas com uma regata e shorts de pijama.

Era o Woo-jin.

— Oi- DESCULPA! — ele tampou os olhos — eu vou sai-

— Relaxa, cara. Não tem problema, isso é pijama. — falei interrompendo ele.

— Ah... Tá bom. — ele olhou pra mim — tá defuntada ai assim porquê, hein? — ele se sentou próximo aos meus pés.

— Tô descansando e aceitando o fato de que eu falhei.

— Falhou em que?

— Em achar o Han-seok, em salvar ele, o Joon-yeong, a I-sak e-

— Para de se lembrar do passado. — ele se levantou e parou ao lado do meu rosto, fazendo carinho no meu cabelo — o que importa é o presente. Não tinha como você salvar eles. E o Han-seok... Ele tá vivo. Vocês vão se encontrar de novo. Vocês vão ficar juntos, Ki-ha.

ALL OF US ARE DEAD • Moon Ki-haOnde histórias criam vida. Descubra agora