06: apocalipse

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Já se passaram dois meses e meio desde que começamos na universidade de Seul.

Nós nos encontramos com os Hambies em segredo, afinal, não queremos que nenhum deles acabe confinado em laboratório.

O Han-seok... Ainda não deu nenhum sinal de vida.

Ele tem que estar vivo.
Eu preciso que esteja...

(...)

Hoje é sábado. Eu e as meninas combinamos de sairmos juntas, com algumas amigas da universidade.

— Hyo-ryung, já tá pronta? — perguntei enquanto passava rímel em frente ao espelho.

— Tô me vestindo! — ela gritou do banheiro.

Terminei de me arrumar e ela saiu do banheiro.

— Uau... Tá gatona hein. — a elogiei com um sorriso.

Ela ficou um pouco corada e agradeceu.

— Vamos? — perguntei enquanto pegava a bolsa.

— Vamos! — ela passou um gloss e guardou o celular no bolso da saia.

Eu ainda carrego a arma que o soldado me deu na zona, junto da faca do Han-seok, claro, escondidos. Nunca se sabe quando você vai precisar reagir a um assalto ou um sequestro.

(...)

No corredor dos dormitórios, encontramos a On-jo, Na-yeon, Ye-jin, Ha-ri, Mi-jin e Ha-na.

Nós nos cumprimentamos e saímos da universidade.

— Onde a gente vai primeiro? Shopping ou sorveteria? — Ha-na perguntou animada.

— Eu topo shopping! — Hyo-ryung disse.

— Tô junto! — Ye-jin falou.

— Ha-ri, cê não ia me dar um presente? Então a gente vai comprar no shopping — Mi-jin disse enquanto se apoiava no ombro da garota.

— Vocês duas vão assumir namoro quando, hein? — Na-yeon e eu provocamos.

As duas se olharam.

— A gente? Tá bom. Eu e a Ha-ri estamos namorando há uns sete meses.

— Espera, O QUE? SETE MESES? DESDE HYOSAN? — On-jo ficou chocada.

— Poisé... Essa maluca me conquistou lá. — Ha-ri disse.

— Eu sabia! — comecei a rir — tô feliz por vocês duas!

— Todas estamos! — Hyo-ryung falou.

— Depois dessa, eu pago os sorvetes! — Ha-na disse.

Nós comemoramos e seguimos para o elevador.

(...)

Ao chegar nos portões da universidade, dei de cara com um carro extremamente chique e provavelmente muito caro.

— Eita porra, de quem é isso? — Gyeong-su e Su-hyeok apareceram saindo pelo outro lado do portão, olhando o carro.

— Ah, oi, meninos! — cumprimentei eles.

— Oi meninas! — Gyeong-su nos cumprimentou animado.

Ele e Na-yeon ficaram um perto do outro. Acho que esses dois vão acabar se casando... Graças a mim, que salvei a vida dele. Na verdade salvei ele dela, já que ela ia matar ele. Que ironia.

Alguém saiu de dentro do carro... Espera.

— Mãe?! — me surpreendi ao vê-la.

— Oi, filhota. Aqui o seu presente de dezoito, um pouco atrasado, mas eu trouxe! — ela falou enquanto balançava as chaves na mão.

ALL OF US ARE DEAD • Moon Ki-haOnde histórias criam vida. Descubra agora