𝐀𝐏𝐎𝐋𝐎𝐆𝐈𝐙𝐄 - 𝐌𝐀𝐓𝐇𝐄𝐔𝐒 𝐀𝐑𝐀𝐔𝐉𝐎 𝐀𝐍𝐃 𝐘𝐎𝐔

ᶜᵃᵖᶦ́ᵗᵘˡᵒ ˢᵉᵗᵉ

Naquela noite, voltei para casa feliz, e de brinde, Wesley voltou comigo, assim como eu estava, com um sorriso de orelha á orelha em seu rosto, e mal conseguindo formular frases concretas. Sendo sincero, nós dois parecíamos dois chapados.

— Mas me fala ai cara — Destranquei o portão e entrei, vendo Wesley entrar logo depois. — Ficou?

— Não fiquei, mas ela disse que eu era fofo e me deu um beijinho na bochecha, já é um avanço, não? — Ele riu e me olhou enquanto eu fechava o portão e me dirigia até a porta, a destrancando — E a S/n desculpou você pelo visto, né?

— Desculpou — Abri a porta, e entrei, vendo Wesley fazer o mesmo e logo depois a fechar. — Para ser bem sincero, ela até que desculpou rápido.

— Ah Matheus, ela gostava muito de você né? Vai ver que ela não deixou de gostar e por isso foi tão fácil conseguir o perdão dela.

— Eu não perdi tempo e a chamei pro meu aniversário.

— Você vai fazer festa? — Ele me perguntou, abismado.

— Agora eu vou.

— Matheus? Como assim? Não estou entendendo.

— Depois eu quem não pensa. — Me joguei no sofá — Eu queria muito ver S/n de novo, e eu sabia que não teria outras oportunidades assim, e vai saber o que ela responderia se eu resolvesse chamar para outro lugar, então, eu inventei uma festa de aniversário e a chamei, e ela disse que vem.

— Cara, antes eu achava que você era retardado, agora eu tenho certeza. — Wesley me olhou — Me diga como você vai organizar uma festa de aniversário em o que? Duas semanas?

— Eu me viro. É só comprar um bolo desses de mercado mesmo, comprar uma carne pra gente fazer churrasco, compro aquelas decorações ali na esquina e já era.

— Vai dar na cara que você planejou de última hora. Você é um jumento mesmo. Ela vai vir sozinha?

— Nada, vai tentar convencer a amiga loira dela a vir junto.

— Que isso cara, sendo assim, eu até ajudo você com a sua festa! — Ele riu — Mas agora falando sério, eu já iria ajudar você, de qualquer jeito.

— Aham, sei. — Wesley se sentou ao meu lado no sofá e pegou seu celular — Por onde eu começo?

— Começa fazendo uma lista de coisas que você queira, depois, nós vamos atrás delas, e depois, organizamos tudo e chamamos as pessoas.

— Tenho que chamar pessoas? — O olhei com um olhar de quem não quer fazer isso e peguei uma das almofadas do meu sofá, a colocando em meu rosto.

— Sim Matheus, você tem que chamar pessoas. Ou por acaso vai chamar animais?

— São mais legais que pessoas. Por mim, só viria você, a S/n, a amiga dela, alguns amigos do time e os meus pais.

— Chama quem você quiser, a festa é sua, mas não tem como fazer uma festa sem convidados, Matheus, então sim, você vai ter que chamar pessoas. — Ele empurrou a almofada da minha cara — E tira esse travesseiro da cara que ele não vai mudar o fato de que você vai ter que convidar a galera.

— Eu não posso chamar só a S/n? Nem festa eu queria fazer.

—  Se não queria fazer festa por que não a chamou para comer algo depois do jogo do fim de semana? Você tem o que na cabeça, Matheus?

— Qual foi Wesley? Cê é meu parça, cê tem que me apoiar não me esculhambar.

— Eu apoio, mas porra Matheus, tem horas que você pede pra eu te esculhambar, porque não tem cabimento cê chamar a menina pra uma festa que não existe só porque queria vê-la de novo.

— Agora já era, inclusive, tenho que olhar no meu instagram para ver se ela já voltou a me seguir pra eu mandar mensagem pra ela.

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