ᶜᵃᵖᶦ́ᵗᵘˡᵒ ᶜᶦⁿᶜᵒ

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➥ A noite parecia ser comum, eu estava em meu sofá, vendo desenho na netflix e esperando S/n postar algo, e pensando no quão idiota fui, quando ouvi Wesley me chamar no portão, estranhei pois não estava esperando a visita dele, mas o atendi

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➥ A noite parecia ser comum, eu estava em meu sofá, vendo desenho na netflix e esperando S/n postar algo, e pensando no quão idiota fui, quando ouvi Wesley me chamar no portão, estranhei pois não estava esperando a visita dele, mas o atendi.

— Fala viado — Ele me cumprimentou com nosso toque e então dei espaço para ele entrar, e assim ele o fez.

— Fala parça, qual vai? — Entrei junto com ele em casa e fechei a porta enquanto o vi sentar no sofá e abrir a mochila.

— Olha o que eu trouxe — Ele tirou duas entradas da bolsa e me entregou uma.

— Não estou te entendendo cara, nem de festa assim você gosta, ainda tirou uma entrada pra mim?

— Você lembra que pediu minha ajuda para se desculpar com a S/n?

— Lembro, mas não estou entendendo o que isso tem haver.

— Eu estava stalkeando aquela amiga dela, a loirinha sabe? Descobri que ela vai cantar nessa festa que por coincidência é na casa de festas do meu padrinho.

— E daí?

— Seu animal! Daí que é óbvio que a S/n vai junto.

— E se elas desgrudaram e a S/n não vai?

— A gente ainda vai poder falar com a Luísa sobre, talvez ela possa ajudar.

— Duvido muito, ela deve estar com raiva de mim também.

— Mas parece que você não pensa, Matheus! Não vai ser você quem vai falar com ela, sou eu! Eu vou falar.

— Ah — Sorri malicioso — Cê tá com papinho que quer me ajudar com olho grande pra cima da loirinha né? Por isso que cê tava stalkeando ela, não foi pra me ajudar, seu pilantra!

— É isso mesmo, você vem comigo ou vai ficar ai vendo... — Ele olhou para a minha televisão — Peppa, Matheus?

— Ué, eu gosto, o que tem?

— Que seja, vai se arrumar que você vai vir comigo.

— Está bem, vai saber quando eu vou ter outra chance de ver a S/n.

— Você está se esforçando demais para quem quer só pedir desculpas, viu? — Ele riu e me olhou com a cara maliciosa.

— Ah Wesley vai stalkear a sua loira que cê ganha mais! — Falei me dirigindo até meu quarto, indo me arrumar.

Escolhi uma roupa em que julguei bonita e certa para aquela ocasião e me vesti rapidamente, calcei meus tênis e passei um dos meus perfumes. Isso tudo em menos de meia hora, e Wesley ainda me apressava, dizendo que eu estava demorando e que parecia uma mulher. Alguém avisa?

— Caralho Wesley, espera porra — Falei enquanto saía do quarto.

— Até que enfim, a senhorita precisa de ajuda com a roupa?

— Vai se lascar.

Wesley e eu fomos em direção à festa, e eu estava mais ansioso a cada segundo que passava, eu não sabia porque daquela ansiedade toda, porém eu queria ver a menina a quem eu destratei, queria pedir desculpas e dizer a ela que nunca foi minha intenção a magoar, e eu falaria o que fosse preciso para conseguir o perdão dela, e somente assim, eu iria conseguir dormir sem pensar nisso.

Meu melhor amigo e eu entramos na festa enquanto Luísa estava cantando no palco, deixando Wesley vidrado em sua voz, e eu, procurava S/n com os olhos, tentando a localizar. Foi quando, de cantinho na festa, com um vestido vermelho brilhante e saltos prateados, eu a vi conversando no celular.

— Wesley, Wesley, Wesley! — O balancei — Achei ela!

— E você está esperando o que, caralho? Vai falar com ela! — Wesley disse, sem tirar os olhos do palco.

— Mas ela está no telefone, e se ela não quiser me ouvir?

— Vai Matheus, para de ser cuzão, espera ela sair do telefone cara, sei lá, se vira.

Sorri, indo em direção à S/n. A cada passo que eu dava, eu tentava pensar nas palavras que iria usar, porém nunca consegui usar essas palavras, pois a garota do vestido vermelho saiu de seu canto, indo em direção à saída. Novamente ela saía sem eu conseguir alcançá-la, eu estava a perdendo de vista em meio a multidão da festa.

Sai para fora,a vi em um canto, e parecia estressada ao falar no celular. Tentei me aproximar sem fazer barulhos com passos lentos e silenciosos. Enquanto eu me aproximava dela, pude ouvir sua conversa, e resolvi que esperaria ela terminar sua chamada para tentar conversar.

— Deixe minha caixa onde está! — Ela dizia, estressada. De que caixa ela estava falando? Ela deu uma pausa para esperar a outra pessoa falar e logo continuou — Não pai, não quero que mexam nas coisas do Matheus, deixe as onde estão, eu não vou jogá-las fora ainda, o senhor não entende?

Ouvi uma voz masculina dizer algo e logo depois a garota continuou.

— Pai o senhor tem noção que eu tenho essas coisas á três anos? O senhor não pode simplesmente jogar tudo fora, se for pra jogar algo fora, sou eu quem vou jogar, o senhor entendeu? Espero que tenta entendido. Até mais.

Após isso, a chamada se encerrou e S/n se virou para voltar a festa, e em alguns passos longos, deu de cara comigo a esperando, ficando sem reação. Os olhos da garota pareciam confusos, me olhavam desconfiados, e talvez por reflexo, ela voltou um passo atrás.

— Oi — Sorri para ela, que continuou me olhando daquele jeito. — A gente pode conversar?

— Depende, você vai ser um escroto de novo? Porque se for pra gente conversar e você tiver as mesmas atitudes que teve antes, eu não quero.

Está bem, eu merecia.

— Eu... Eu quero te pedir perdão pelas coisas que eu te falei — O olhar da garota agora era sério e rígido, assim como o de seu pai, o que de certa forma me deixava com medo. — Eu sei que uma simples palavra não vai apagar as coisas horríveis que eu disse pra você naquele dia, mas saiba que eu me arrependo todos os dias, que eu não aguento mais sentir essa culpa e que eu não queria te machucar. Eu sei como você gostava de mim, sei que eu destruí qualquer possibilidade de você voltar à me admirar como admirava antes, mas eu não quero passar mais nem um dia sabendo que tive uma chance de me desculpar e não o fiz. Por favor, S/n, me perdoa.

— Era só isso? Ou você vai me incomodar mais? — Ela disse essas palavras completamente séria, e ao ver minha reação, começou a rir — Era brincadeira, Matheus.

— Eu mereci. — A olhei, esperando ela voltar a falar.

— Fico muito feliz que você tenha vindo pedir desculpas ao invés de simplesmente esquecer e seguir sua vida. Você tem razão, eu não vou voltar a admirá-lo como eu fazia antes, mas o meu perdão você tem.

— Eu não quero abusar, mas posso te pedir uma coisa?

— Diga.

— Posso te dar um abraço? — Falei, e vi um pequeno sorriso nascer em sua face séria.

— Parece que os papéis estão se invertendo aqui, não? — S/n riu, abrindo os braços.

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𝐀𝐏𝐎𝐋𝐎𝐆𝐈𝐙𝐄 - 𝐌𝐀𝐓𝐇𝐄𝐔𝐒 𝐀𝐑𝐀𝐔𝐉𝐎 𝐀𝐍𝐃 𝐘𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora