Os dois lados da rua (Conto lésbico)

A ansiedade

Os dois lados da rua pareciam mais longe um do outro do que nunca.

O sol já estava se pondo no horizonte e a rua estava calma. Depois de um dia quente a brisa noturna começava a refrescar a cidade e o vento chegava a bagunçar os cabelos longos de Bárbara. Mariana sentia o perfume vindo da garota ao seu lado e ela sorriu se aproximando ainda mais.

Bárbara abraçava a cintura de sua vizinha, que a abraçava de volta enquanto atravessavam a rua. Não conseguia se lembrar em que momento começou a simpatizar tanto com a outra menina, ou quando se esqueceu de todas as vezes que elas se desentenderam durante seus dezoito anos de vida. Mas nada parecia importar mais, Mariana estava disposta a ser uma lésbica emocionada e se jogar de cara em uma possível relacionamento com a garota mais bonita que ela já conheceu.

Ao concluir isso, se lembrou de todas as vezes que demorou mais tempo do que deveria olhando para a garota. Fosse do outra lado do pátio da escola, quando ela dava risada com os amigos, ou quando estava prestes a apresentar um seminário e fazia questão de fazer contato visual com Mariana e mostrar a língua pra ela.

-Seja bem-vinda à minha casa...- Mariana disse, sem poder contar quantas vezes elas já estiveram juntas naquela sala de estar.

Sua vizinha fechou a porta atrás de si e Mariana abraçou seu pescoço, quase derrubando as duas no chão.

-Caralho, como você é afobada.- Bárbara riu e segurou a cintura da outra garota, grudando seus corpos.

-Eu tenho ansiedade, perdão...- A dona da casa sussurrou, fazendo a tensão sexual voltar ao ambiente.

As duas se beijaram com paixão, suas lábios se tocavam lentamente, tomando cuidado para explorar a boca uma da outra. Porém logo o beijo se tornou malicioso e os suspiros começaram a ecoar pela casa vazia.

A blusa de uma alça só logo foi abaixada por Bárbara, que empurrou a garota parcialmente nua até o aparador da sala. Mariana protestou, com medo que os vasos decorativos caíssem, mas se calou quando sentiu a língua quente de sua vizinha em seu seio. Ela mesma tirou o resto de suas roupas quando Bárbara voltou a beijar sua boca, ficando apenas de calcinha.

Beijos molhados foram distribuídos por seu pescoço exposto e gemidos fracos escaparam de seus lábios, secos de tão ofegante que a garota estava com a rapidez que as coisas estavam acontecendo.

Bárbara continuou sem dizer nada quando Mariana se afastou e abaixou o short jeans dela junto com a calcinha molhada, jogando as duas peças pra longe. Mãos fortes envolveram o quadril de Bárbara, a puxando para mais perto da outra garota. Suas coxas nuas se tocaram e ambas podiam sentir o suor na pela da outra, Mariana encaixou sua perna entre as de Bárbara e conseguiu sentir a umidade da intimidade de sua vizinha. Não pode esconder o sorriso.

-Me fala quanto tempo você esperou pra poder me comer...-Mariana caçoou de sua vizinha, que se encontrava com as bochechas vermelhas de tesão.

-O suficiente.- Bárbara respondeu e sentiu os lábios da outra garota no seu pescoço, beijando e deixando mordidas que faziam seus pelos do braço se arrepiarem.

Em seguida, se desvencilhou das pernas da outra garota e levou suas mãos até a intimidade dela. Mariana gemeu em seu ouvido com o contato direto com seu clítoris, mas voltou a beijar Bárbara, tentando aliviar a tensão em seu corpo.

Dedos ágeis trabalhavam em sua boceta e aos poucos Mariana foi perdendo sua estabilidade. Então apoiou suas mãos no aparador que insistia em bater na parede com o movimento do corpo das duas. Ela sentia o orgasmo cada vez mais perto e o contato visual que sua vizinha insistia em fazer a deixava cada vez mais excitada. Os olhos claros acompanhavam seus movimentos e de vez em quando admiravam seus seios a mostra.

-Ah, Bárbara...- Mariana tentou dizer que estava quase em seu ápice, mas foi interrompida pelo próprio orgasmo. Um gemido alto escapou de seus lábios e ela apertou as pernas como reflexo.

-Você é tão linda.- Bárbara disse admirando como sua ex amiga ficava após um orgasmo, e não pode deixar de sorrir por ter sido um que ela mesmo causou.

-Deita no sofá agora.- A garota disse, puxando a barra da camiseta de sua vizinha pra cima, a deixando apenas de sutiã.

-Não vai nem falar, "por favor"?- Bárbara brincou, já obedecendo o que a outra dizia. Ela caminhou rapidamente até o sofá e se acomodou entre as almofadas.

Logo, Mariana já estava em cima dela, tocando cada extremidade do seu corpo com suas mãos e sua boca. Bárbara mal teve tempo para pensar quando seu corpo foi empurrado e ela teve que se apoiar em seus braços para não cair do sofá.

-Caralho.- Escapou de seus lábios quando ela sentiu a boca de Mariana em sua intimidade. Ela já estava sensível há um tempo e a língua quente em sua boceta e fez jogar a cabeça para trás, quase deixando seu corpo se desfazer.

Buscando por mais, Bárbara apoiou suas pernas nos ombros da outra garota, e a visão rápida de Mariana nua com a bunda para cima fez sua intimidade se contrair. Suor brotava em sua testa e ela mal conseguia raciocinar quando sentiu o orgasmo chegando.

Mariana apertava seus quadris contra o próprio rosto e bastou alguns segundos para que Bárbara chegasse ao seu ápice. Ela deixou que seu corpo relaxasse no sofá e fechou os olhos tentando controlar a respiração.

Seus braços envolveram Mariana quando as duas dividiram o espaço do sofá e se beijaram mais uma vez .

-Eu não sabia que você era escandalosa desse jeito...- Mariana quebrou o silêncio, fazendo as duas darem risada.- Ainda bem que a gente tá sozinha.