Ewan Mitchell

🛑Aemond Targeryan🛑

Paring: Aemond Targaryen x Sobrinha!Leitor

Resumo: Aemond não sabe como se sente toda vez que vê você. Nem você quando olha para ele. Seu pai, Aegon, sempre esteve ausente de sua educação, desde que se divorciou de sua mãe. Esse papel foi preenchido por Aemond até o verão passado, quando tudo mudou.

Tags: Universo Alternativo – Moderno/ Cenário de Ferida Emocional/ Conforto/ Drama e Romance/ Obscenidade Eventual.

Avisos: Esta fic inclui manipulação, violência, morte e inc3st, em alguns pontos. A leitora tem olhos roxos e sua mãe é da Dayne House, o resto é totalmente gratuito :D

Tag-List (Se você quiser ser marcado nesta série ou em todo o meu trabalho, me avise): @thedamewithabook

Nota do autor: Por favor, divirta-se! Feedback, compartilhamentos e comentários são sempre bem vindos!

Contagem de palavras: 1,2K

Aegon nunca esteve pronto para ser pai. Quando ele segurou você nos braços pela primeira vez, ele percebeu isso. Você era bonito. Você se parecia com sua mãe, mas tinha os olhos dele. Você não poderia ser a combinação mais perfeita. Naquele momento, ele sentiu que poderia conquistar o mundo só por sua causa. Ele se lembrou de sua mãe rindo enquanto ele dizia como você era linda e como todos os homens se curvariam diante de você, nações inteiras, se necessário. Você era um Targaryen. Possivelmente seus pais não pensaram em ter você, mas não foi por isso que você foi menos amado. Para Aegon, você era o bebê mais lindo do mundo. Ele acreditava que poderia ser um homem melhor por sua causa e por sua mãe.

No ano seguinte você já estava andando e quase, quase falando. Você passou os dias inteiros atrás de seus pais, e se eles não te ouviram, você foi com Aemond. Todos perceberam naquele momento que ele seria um bom pai, ou pelo menos um bom tio. Você sempre acabava dormindo nos braços dele, pedia para ele te carregar nos ombros e deixava o gato dele, Vhagar, apavorado. Mas aqueles tinham sido bons e velhos tempos para Aegon. Sua mãe, você e ele eram uma família. Foi até ele estragar tudo naquela festa. Ele ficou muito bêbado e, como sempre, acabou na cama de outra mulher. Sua mãe não o perdoou. Ele preferia assim. Ele também não se perdoou. Ele estava profundamente apaixonado por sua mãe, mas nem isso o afastou de seu estilo de vida errático. Toda a sua vida familiar desapareceu graças a ele. Daeron tinha acabado de terminar a faculdade de direito e se apresentou como seu advogado. Que estreia para seu irmão mais novo! Aegon pediu condições impossíveis para sua custódia, que ele reduziu com o tempo. Ele não queria continuar machucando sua mãe, muito menos você. Você estaria melhor com ela. Foi o que ele disse a si mesmo, e saiu do caminho quando sua mãe decidiu voltar para a família dela, levando você para Starfall com ela. Você chorou no aeroporto ao ver como foi afastada dele, gritou quando sua mãe te arrancou dos braços de Aemond, que te carregou até lá. Você disse que queria ver Vhagar, perguntou onde estava Sunfyre, o cachorro do seu pai, para puxar as orelhas dele. Você chorou porque foi tirado de todo o seu mundinho, e Aegon ficou parado. Ele tinha estragado tudo. E só chorou quando se viu sozinho e sem plateia. Ele não se atreveu a olhar para o seu rosto novamente. Ele destruiu sua vida.

Aos cinco anos começou aquele regime de visitas pelo qual você passava os verões com seu pai. Com Aegon cada vez mais mergulhado em álcool do que antes, e com o único propósito de esquecer, Aemond foi quem cuidou de você durante aqueles verões. Se você quisesse ir para a piscina, ele te levaria para a piscina. Se você quisesse brincar de dragão, ele te colocaria nos ombros e você continuaria jogando até não aguentar mais. Aos seis anos você pediu a ele um tapa-olho como o dele, como todas as crianças você absorvia as coisas rapidamente e só queria ser como seu tio favorito. Ele havia deixado um tapa-olho velho para você até que sua avó o tirou de você porque você caiu do sofá em um salto inoportuno. Sua mãe riu da anedota ao telefone, mas você descobriu anos depois que ela ficou bastante chateada por você ter escapado impune durante o tempo em que esteve lá. A verdade é que aos quatorze anos você insistiu em fazer um piercing na orelha e foi Aemond quem se passou por seu pai. Ninguém questionou isso enquanto furavam sua orelha com aquele consentimento “paternal”. Seu olhar fixo em você. Aquele olho violeta fixou-se cuidadosamente em você. Aemond furou a orelha com a mesma idade e, embora não usasse mais o brinco por uma questão de formalidade dentro da empresa, ficou claro para ele que você poderia ser um Targaryen, que você era um Targaryen. Seu pai não disse nada e você quase não o viu por aí. A realidade, apesar da proximidade que você teve com Aemond, é que você se sentiu terrivelmente sozinho naqueles verões. Sua mãe explodiu quando descobriu sobre o piercing na orelha, talvez porque ela tenha recusado categoricamente que você fizesse isso até ficar mais velho. A partir de então, sua avó Alicent envolveu-se ainda mais em sua educação durante os meses de verão. Talvez Aemond, sempre frio e rígido com os outros, não fosse a melhor pessoa para cuidar de você. Mas ele não se importou, você continuou ao lado dele… até a noite tudo mudou.

Você tinha dezesseis anos. Foi sua última noite em Porto Real antes de voltar para a casa de sua mãe. Como em todo final de verão, começava a esfriar. O calor sufocante deu lugar a uma brisa que às vezes arrepiava a pele e fazia rir. Não foi chato, mas Aemond tirou o paletó enquanto você voltava do jantar só vocês dois, como sempre. Ele a colocou sobre seus ombros e os olhos violetas dela fixaram-se nos seus por um momento. Naquele momento, você corou e ele suspirou. Algo estava mudando entre vocês dois. Você sentiu sua pele queimar onde os dedos dele roçaram enquanto ele puxava a jaqueta por cima de você. Você sentiu uma sensação agradável na parte inferior do estômago. E ele pegou sua mão sem dizer uma palavra, os dedos entrelaçados com os seus… você viu que ele havia corado, mas ele resolveu esconder. Mais tarde, ele convenceu você a carregar a heráldica da família de seu pai em sua amada bolsa de ombro, a mesma que ele lhe deu há dois aniversários. Ele te disse que você era um Targaryen, assim como ele... você queria que ele te beijasse, você queria ele... você tinha se apaixonado por ele... o único que te ouvia... você olhou para ele assim que ele colocou o braço ao seu redor. As coisas mudaram. Já estava tudo feito e ele apenas acariciou seu lábio, como se também quisesse muito. Mas ele não fez mais nada.

No verão seguinte, muita coisa mudou. Ele foi buscar você no aeroporto, como costumava fazer quando Aegon nem conseguia se lembrar do dia em que você voltou. Aemond permaneceu em silêncio durante toda a viagem, franzindo a testa. Você tentou falar com ele. Você passou o resto do ano apenas pensando nele... e tudo que ele fez foi responder suas perguntas em monossílabos... você não o viu muito mais naquele verão e a gota d'água foi quando ele apareceu com Alys na festa de aniversário que sua família paterna comemorou com você... você odiou... tudo havia mudado, e embora vocês dois soubessem o porquê, vocês dois negaram em silêncio... Mas, o desejo dos Targaryen por sua própria linhagem é forte demais para evitá-lo... o próximo verão seria seja a prova disso...