Ewan Mitchell

🔵Michael Gavey🔵

Domingo, 10 de dezembro

"Como ajuda a identificar os padrões, a matriz de correlação é útil em testes psicológicos, economia, gestão de risco e estatística. Calculado como (x(i)-média(x))*(y(i)-média(y)) / ((x(i)-média(x))2 * (y(i)-média(y) ) 2. Este modo- Ah, pelo amor de Deus!

Fechando com força o livro monótono de seus pesadelos e empurrando-o para o lado oposto da mesa de carvalho, você dá um suspiro de frustração. Você está tentando há quatro horas, 240 minutos de sua vida gastos em uma biblioteca solitária, lutando para entender a diferença entre uma matriz de correlação e uma matriz de covariância. Se alguém lhe dissesse, quando você escolheu psicologia, que você sacrificaria seu Natal para estudar em algum módulo patético de metodologias quantitativas, você teria mudado sua carreira para dogwalker.

Infelizmente, você não é um maldito médium, então aqui está você, com olhos vermelhos, cabelos crespos de puxá-los repetidamente e desejando estar em casa assistindo The Polar Express. Uma série de xingamentos aliados ao embaralhamento de papéis serviram de trilha sonora nos minutos seguintes, enquanto você tentava recuperar sua confiança.

"Você chegou até aqui; você consegue fazer isso! Assim que este módulo estiver concluído, você pode pegar uma cerveja e queimar sua calculadora."

Assim que você se inclinou para pegar o livro, uma voz rompeu sua bolha de frustração acadêmica.

"Não pense que você iria muito longe queimando uma calculadora depois de alguns litros, eu vi como você lida com o álcool."

Pulando para trás na cadeira, os olhos avaliando freneticamente a origem das palavras provocantes. Lá estava ele, Michael Gavey. Você o conheceu apenas uma vez durante os calouros, mas após um contato mínimo com ele, você entendeu que ele menosprezou sua escolha de curso. Resmungos sobre como é um diploma inútil para meninas insípidas que se tornariam donas de casa ou recepcionistas poucos anos após a formatura. Cabelo desgrenhado que não tinha um estilo claro, óculos manchados e um suéter marrom enorme que o fazia parecer mais largo do que o normal.

Talvez tenha sido sua falta de sono, mas Michael Gavey parecia muito mais bonito do que antes.

"Que porra é essa, Gavey?! Poderia ter me causado um ataque cardíaco, e sei que você é inteligente, mas não é um maldito médico. Apertando o peito para enfatizar a teatralidade de seu eu assustado, um pequeno bufo deixou sua pessoa com a palavra final.

Com uma risada suave, o garoto esguio deslizou para a cadeira oposta antes de pousar seus olhos críticos em sua figura. Avaliando sua aparência como se você fosse uma de suas equações. Aqueles azuis jeans piscando entre você e os papéis espalhados cheios de equações estatísticas incorretas ou incompletas.

Momentos se passaram em silêncio, e a cada segundo você ficava mais agitado com o olhar penetrante do menino de óculos. "O que você está fazendo aqui, Gavey? O Natal é muito simples e popular para você comemorar?"

"Eu lhe faria a mesma pergunta, mas pelo que me lembro você parece abraçar o simples. Ou isso se aplica apenas à sua escolha de graduação?

Esse pensamento fugaz de atração foi eliminado do ar quando as palavras dele afetaram sua confiança. Normalmente, uma resposta perspicaz sairia de seus lábios, mas depois de dias de luta, era difícil se ver como algo além de um aluno caminhando para o fracasso.

Ficou claro que a atmosfera havia mudado, um peso tenso caiu entre vocês dois. Observando seu sorriso calculado cair, entendendo que talvez suas palavras não tivessem sido apreciadas neste momento.

"O que você quer Michael? Estou muito ocupado para ser menosprezado hoje."

"Bem, eu estava pensando em pedir para você ficar quieto. Tive que ouvir seus murmúrios ridículos nas últimas 2 horas. Sem mencionar o constante eco de você abusando daqueles pobres livros." Endireitando-se no assento de madeira acolchoado, tentando parecer indiferente ao quão derrotada sua voz soava.