Ewan Mitchell

🟠Osferth 🟠

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Advertências: Um uso de linguagem imprópria. Fora isso, nenhum. É Osferth.

O trovão de cascos quebrou o silêncio da noite escura, e sua mão instintivamente se moveu para agarrar o ombro do garotinho à sua frente. Ele olhou para cima. Lentamente, sem ousar respirar, você levou o dedo aos lábios. Ele acenou com a cabeça e se aproximou um pouco mais de suas saias. 

Wintancaester estava nervoso desde a notícia de que homens da Nortúmbria haviam cavalgado pela Mércia, deixando o terror em seu rastro, e estavam descendo nas fronteiras de Wessex. O rei despachou Uhtred e seu bando de guerreiros para investigar a horda que se aproximava, mas isso foi há semanas e nenhuma notícia chegou. Nem os homens retornaram.

Os dias que se seguiram foram de pavor, as noites cheias de visões. Os sinos tocavam dentro dos portões do castelo à menor aproximação de alguém a cavalo, espalhando a cidade em direção às suas habitações. Então por que, esta noite, os sinos silenciaram?

O rapaz que estava no seu joelho puxou sua saia. 

"Fique perto", você sussurrou, o coração disparado sob o peito. Os cascos estavam ficando mais altos, tanto que você sentia o chão sob seus pés tremer. À medida que a raquete se aproximava, o garotinho segurou suas pernas com mais força. Foi só quando eles passaram, com o galope acalmado, que ele o soltou.

“Venha”, você foi até a porta de sua casa, acenando para a criança. Você abriu uma rachadura na madeira. Você não podia ver os homens. Do outro lado, algumas pessoas espiavam de suas casas, inclusive a mãe do menino. “Direto para sua mãe agora. Corra e não olhe para trás. Ir!" 

Ele correu o mais rápido que suas perninhas puderam e você fechou a porta o mais rápida e silenciosamente possível. Mão no peito, você ouviu. Se eles o pegassem, certamente você ouviria. Você tentou não imaginar seus pobres gritos enquanto o arrancavam. O rosto da mãe dele quando ela confrontou você. Por que você não o manteve seguro? E ainda assim os sinos não tocaram. E se os nortenhos já tivessem tomado o castelo, sem o conhecimento dos seus súbditos para além das suas muralhas?

Silêncio.    

Os cascos dos cavalos não corriam mais. Não houve gritos das residências vizinhas. Os sinos não tocaram. Talvez fosse apenas alguém de passagem. Talvez a pobre alma de guarda tivesse adormecido. Afinal, já era tarde. 

Você estava apenas relaxando contra a madeira da porta, sua frequência cardíaca lentamente voltando ao normal enquanto batia em seus ouvidos, quando a porta sacudiu.

BANG BANG BANG

Seu corpo pulou com o movimento dele. Uma armadilha. Um despertar de silêncio para enganar vítimas inocentes. Lágrimas brotaram em seus olhos enquanto você segurava a porta com as mãos. Se você morresse nas mãos de algum bruto da Nortúmbria, então morreria lutando.

BANG BANG BANG

"Senhora! São eles! 

Qualquer força que você reuniu para lutar contra os nortenhos partiu tão rapidamente quanto chegou. 

"Eles voltaram! Venha e veja! Senhora?" 

“Caen?” Você abriu a porta. Lá estava ele, pequeno e pulando para cima e para baixo. Atrás dele, a alguns passos de distância, sua mãe sorria de suas travessuras, com as mãos na cintura. "O que você me-"

“Uhtred!” Sem mais palavras, e aparentemente envergonhado com a sua lentidão, ele disparou pelo caminho gramado em direção aos estábulos. Quatro cavalos, três escuros e um branco, bebiam muito de um bebedouro. Seus cavaleiros, cada um alto e forte como suas montarias, trabalharam para remover as selas.