Dia A

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Em toda minha vida cresci ouvindo minha mãe falar que eu nasci para grandes coisas,sempre ao me colocar na cama  ela me contava uma linda história sobre um rei de outro mundo que se apaixonou por uma humana,e desse amor nasceu uma linda menina ao qual ela sempre descrevia com minhas características,ela dizia que era pra que eu me sentisse mais dentro da história,e eu sinceramente adorava,poder me imaginar encontrando esse tal portal e ter um encontro com uma nova vida,mais isso nunca aconteceria afinal era apenas um conto de fadas.

saio do meu quarto em direção a cozinha torcendo pra não dar de cara com meu padrasto,pensa num homem seboso que sempre detestei,desde que me entendo por gente ele era companheiro da minha mãe,e eu não sei como ela aguentava ele,o cara sempre bebendo fumando quebrando as coisas dentro de casa fedendo,só de pensa nele ja me dá um calafrio .

Sirvo um pouco de café pra mim e tomo enquanto estou vasculhando algumas gavetas pra saber se consigo encontrar aquele livro que minha mãe lia,após sua morte aquele maldito pegou as coisas dela e sumiu com tudo .

Coloco a xícara dentro da pia e vou em direção ao escritório começo a procurá-lo dentro da gaveta .

Isso é oque tô pensando?
Bato no fundo de uma gaveta e vejo um fundo falso e bum achei ...

Pego o antigo exemplar de capa preta de veludo e o aproximo do peito sentindo o perfume amadeirado inconfundível de carvalho .

- Lana onde você tá garota imbecil?
Ouço sua voz na sala .

Olho em volta procurando um lugar para me esconder,e vejo uma janela aberta a pulo correndo em direção a floresta,  coloco o livro em um dos meus esconderijos .

Tendo certeza que ali o livro está seguro,me afasto indo em direção ao jardim pego alguns lírios para ter uma boa desculpa,quando retornar.

Entro pela porta e o vejo jogado no sofá .

- Aonde você tava ?

- Fui buscar algumas flores pra por no meu quarto.
Digo levantando um punhado de lirios.

Ele vem em minha direção seus olhos nublados, sua estrutura forte rígida e seu cheiro de embrulha o estômago .

- Eu já não falei que não quero você saindo por aí ? As flores são arrancadas da minha mão e jogadas no chão sendo pisoteadas.

- Não quero você saindo dessa casa ouviu ? ou vou te mostrar oque acontece com quem contrária.

Em um piscar de olhos sinto meu corpo sendo jogado contra parede .

- Eu...eu só queria pegar umas flores não é como se um lobo mal fosse me devorar .
Digo tentando recuperar o fôlego que fugia de meus pulmões .

Um sorriso sombrio aparece em seu rosto e sou erguida pelo pescoço .

- Ah querida você não tem ideia do que tem lá fora,antes era controlável mais após a morte da sua mãe eles estão cada vez mais astutos e mesmo odiando sua existência ainda preciso manter minha promessa de mantê-la viva .
Ele me solta bruscamente e sinto o impacto do meu corpo ao chão

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