Stella Pierce passou por uma infância e uma adolescência traumática na casa dos pais. Todos os dias tinha muitas brigas em casa e esse era o principal motivo dos traumas, medos, desconfianças, personalidade e cicatrizes em Stella.
Quando Stella comp...
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Eram 13:24 da tarde e eu estava na cama. Eu preciso confessar que eu amo festas, mas, eu preciso parar de ir todo final de semana, tô me sentindo um cadáver em cima dessa cama e não tive nem coragem de abrir os olhos ainda.
Eu sei que você deve estar pensando que sou louca de ir em uma festa na madrugada anterior do meu aniversário, mas, eu tenho uma promessa com a minha tia de todo aniversário passar com ela, então eu precisava aproveitar de alguma forma sem ser exatamente hoje.
Eu me reviro um pouco na cama pensando se levanto ou não, tava quieto demais e estranho demais pelo fato da minha tia não estar fazendo barulho com os pratos do café da manhã ou abrindo a porta batendo palmas, tava até tão confortá-
Ah, não.
- Acorda, garota! Você já viu a hora? - Minha tia literalmente entrou no quarto abrindo a porta com o pé, enquanto batia uma colher de madeira em uma frigideira. Em uma fri. gi. dei. ra.
Isso só pode ser brincadeira.
Me escondi embaixo da coberta e coloquei um travesseiro na cabeça, gemendo de preguiça tentando diminuir a dor de cabeça e a ressaca, sem contar toda essa barulheira.
- Tia!! Você sabe que eu tô de ressaca e dor de cabeça!! - Eu reclamo gemendo de dor de cabeça, a voz abafada embaixo do travesseiro.
Minha tia pega meu travesseiro e joga no chão, e então coloca a frigideira na mesinha do lado da minha cama - Obrigada. - Agradeço, olhando pro lado contrário - Mas sabe aquele travesseiro ali no chão? - Eu viro o olhar para ela e aponto para o travesseiro no chão - Pega pra mim - Sorrio.
- Que travesseiro oque!! Acorda pra vida! É seu aniversário! - Ela diz quase gritando de felicidade, colocando as mãos no meu pulso e me puxando pra sentar na cama enquanto eu forço os olhos para manter fechados pela claridade da janela.
- Podia passar em branco hoje! - Digo esfregando os olhos.
- Seu rabo menina! Vai tomar um banho e desce pro café... Bom, almoço né? - Ela diz pegando a frigideira e a colher e saindo do quarto. Quase hesito em me deitar denovo, mas tadinha, ontem cheguei daquela porcaria de festa totalmente alcoolizada e nem liguei pro bolinho que ela fez pra mim, ela tava dormindo no sofá provavelmente me esperando, me sinto um monstro agora que lembro.
[...]
Saio do chuveiro enquanto enrolo uma toalha no meu corpo. Meu cabelo molhado com leves gotas de água caindo no chão. Me olhei no espelho e vi o quão acabada eu tava. Antes do banho eu com certeza tava pior, mas não é como se eu tivesse mudado tanto assim, continuo com olheiras, a boca um pouco marcada e minha expressão cansada. Ignorei isso e sai do banheiro fechando a porta atrás de mim. Andei alguns passos e de repente senti um... Arrepio?
