Stella Pierce passou por uma infância e uma adolescência traumática na casa dos pais. Todos os dias tinha muitas brigas em casa e esse era o principal motivo dos traumas, medos, desconfianças, personalidade e cicatrizes em Stella.
Quando Stella comp...
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Sentei no pequeno banco encostado no ringue e peguei minha garrafa do chão, bebendo a minha água que, depois de tantas horas de treino, ficou quente.
- Quer ir mais devagar? - Theodore pergunta com um olhar malicioso e, depois de tantas horas suportando ele e esse comportamentozinho arrogante e assediador, passei a tratar ele um tanto quanto "grosseira" e tentei ao máximo ignorar, mas as vezes era impossível.
Fuzilo ele com os olhos, não precisando ao menos forçar frustração, ameaçando-o.
- Vou considerar como um não. - Theodore responde por mim enquanto respiro ofegante encostando as costas no banco e desviando os olhos dos dele.
- Por hoje chega, estamos a... - Clico no meu celular e vejo a hora. - 4 horas treinando.
- Aguento mais um round. - O filha da puta retruca como se eu me importasse.
- Você pensou que eu não? Aguento mais 10, não precisamos treinar todos os meses que o chefe te deu para me ensinar tudo só hoje. - Respondo debochadamente e posso ver o sorriso delinquente de Theodore vacilar e pra disfarçar, tomar um gole da sua água enquanto um sorriso divertido e venenoso escapa no meu rosto.
Alguns minutos se passaram enquanto eu tentava regular minha respiração e beber o máximo de água que eu podia, e quando finalmente meu coração parou de pulsar rápido, levantei do banco e peguei meu celular, indo em direção a porta.
Coloquei o celular no bolso da minha calça e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo mal feito com franjinhas que nem mesmo fiz questão de separar, mas cairam no meu rosto molhado.
Não imaginei oque eu faria hoje e como eu faria então não planejei a roupa certa e nem vim com uma mochila. Mas, para não adiar o treino por um motivo bobo, fiz assim mesmo.
Finalmente sai pela porta daquele lugar que mesmo com pelo menos uns 15 ventiladores, continuava quente e comecei a andar lentamente pelo corredor em direção à sala principal enquanto bebia mais e mais água.
Antes que eu pudesse passar pela porta do corredor até a sala principal, ouço uma voz um pouco longe me chamar e me viro pra trás, tirando a mão da porta que estava prestes a se abrir.
Olho para trás e vejo a pessoa que eu já esperava ver pela voz nem um pouco indecifrável.
James me olhou quando me virei para olha-lo e me ofereceu um sorriso gentil enquanto estava com as mãos para trás, no fim do corredor.
- Sim? - Perguntei fechando minha garrafinha e me virando agora totalmente para ele.
- Podemos conversar? - O homem pergunta com a expressão um pouco mais tranquila e séria, mas permanece com o pequeno sorriso.
Olho um pouco em volta pensando, mesmo que eu já soubesse minha resposta e então começo a andar lentamente até o mesmo.
Chego até ele e então James começa a andar pelo corredor enquanto sigo ele calmamente por trás.
