CAPÍTULO 3 | CEREJA

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"No jogo da vida, às vezes você é a cereja no topo, outras vezes, o caroço que persiste."

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Com uma mistura de determinação e um pingo de estranheza, me coloco atrás do balcão, sentindo-me um pouco deslocada por estar do lado oposto ao que estou acostumada. Sempre fui fascinada por drinks vibrantes e adocicados, atraída pelas cores vivas e sabores intensos. Agora, eu mesma estarei preparando essas poções encantadoras para uma clientela peculiar: diversos demônios com gostos tão exóticos quanto suas aparências.

Sobre o balcão, uma infinidade de garrafas de bebidas alcoólicas alinham-se contra o espelho polido que forma o fundo, refletindo um labirinto de cores e formas. As garrafas, algumas antigas e outras contemporâneas, variam desde whiskies dourados até gins claros e vodkas cristalinas, dispostas de forma que cada uma seja facilmente acessível ao barman.

Diferentes tipos de copos e taças estão estrategicamente posicionados para uso rápido: copos de cerveja robustos, taças de vinho elegantes e copos de coquetel de formas diversas. Entre eles, estão dispostos utensílios essenciais de bar, como coqueteleiras brilhantes, medidores, espremedores de limão e uma variedade de colheres e mexedores.

Há também um espaço dedicado para a preparação de bebidas mistas, equipado com uma pequena pia, uma tábua de cortar, e uma seleção de frutas frescas e ervas, prontas para adicionar um toque natural e fresco às bebidas. O balcão tem ainda uma máquina de cerveja com várias torneiras, oferecendo uma seleção de cervejas locais e importadas.

A primeira bebida a ser preparada foi a famosa Mistura Infernal para Azgorath. Peguei uma garrafa de rum envelhecido, cujo aroma forte e amadeirado preenchia o ar assim que a abri. Adicionei uma dose generosa ao copo, seguida por um licor de pimenta, conhecido por seu calor intenso que fazia a garganta arder. Com um movimento habilidoso, misturei os ingredientes, observando a cor avermelhada intensa se formar. O toque final era o mais espetacular: uma pitada de pó de fogo-dragão. Uma substância tão rara que apenas sussurrar seu nome parecia um convite ao perigo. Ao cair no copo, a bebida começou a fumegar, criando um efeito visual impressionante.

Essa é a bebida que define o Estrela Negra - pensei, sentindo uma onda de orgulho.

A seguir, a cerveja amarga para Belzor. Escolhi a 'Amargura Celestial', uma cerveja artesanal que prometia um equilíbrio perfeito entre amargo e aromático. Enquanto a despeja, o aroma de lúpulo preenche o ar, trazendo consigo memórias de florestas e terras distantes.

Belzor deve ter histórias incríveis para contar -reflito , admirando a coloração dourada profunda da cerveja e a espuma cremosa que se formava no topo. Por fim, preparei a 'Espuma das Profundezas' para Gralm. Essa cerveja especial é uma mistura complexa de maltes torrados e lúpulos raros. Seu aroma é uma combinação intrigante de café e chocolate amargo, com um toque sutil de frutas escuras. Despejo a cerveja com cuidado, deixando que a espuma densa e escura se formasse no topo.

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