CAPÍTULO 5 | REBELDIA QUE APRISIONA🔞

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A noite cobre o pub com uma aura quase tangível, as sombras nas paredes se contorcendo como fantasmas zombeteiros. O burburinho de conversas morre no instante em que cruzo a soleira, junto do medo que se espalha como uma névoa venenosa. Com um olhar fixo e perplexo, encaro a palma de minhas mãos, sentindo a frieza da incredulidade se infiltrar em minhas veias.

— Aquela demônio... Não é possível que ainda respire! - Minha mente se agita com a certeza de que a tivemos sob nosso domínio por longos e torturantes minutos. A irrealidade da situação me persegue.

Me debruço sobre o robusto balcão de bebidas, adornado com os mais finos cristais e metais escuros, meus dedos roçam as garrafas com um desdém quase palpável.

— Como ela ousa?- murmuro, a voz carregada de um veneno aristocrático. A fúria borbulha dentro de mim como um vulcão prestes a explodir. Risadas secas e desprovidas de humor escapam dos meus lábios, ecoando nas paredes escuras do Estrela Negra.

— Aqueles olhos, claros como o céu que meu Reino nunca viu. Será que meus súditos esqueceram a quem devem lealdade? - O pensamento de uma revolta interna me atormenta, alimentando minha ira. — Vou caçar aquela maldita, nem que seja para arrancar aqueles cabelos azuis com as próprias mãos.

Mas, em um lampejo de racionalidade cruel, paro .

— Não, ela não merece meu esforço agora. Quando ela voltar – e ela terá de voltar - farei com que entenda o verdadeiro significado de súdita. Ela quer ser rebelde? Então, como uma rebelde, ela irá sofrer.

Observo quando ela retorna ao balcão de drinks, seu posto de trabalho, capturando os olhares de todos ao redor. A luz baixa do Pub brinca em sua pele, criando um jogo de sombras e luzes neon que acentua a sua beleza . Quando nossos olhares se encontram, é como se duas forças opostas colidissem. O desafio em seu olhar é palpável, revelando que ela não se curvará facilmente, mesmo diante da minha presença.

O uniforme do Estrela Negra, escolhido para provocar e encantar, parecia ter sido feito sob medida para seu corpo esguio, uma fragilidade enganosa que esconde uma personalidade demôniaca.

—Desculpa. - rosna relutante, cada palavra uma batalha contra sua vontade. Olhando para a bargirl de pele rosada, sinto um desdém crescer dentro de mim. Avanço em sua direção, com um desagrado evidente tingindo cada passo.

—Você.  - grito, deixando que a rudeza invadisse minha voz— Diga seu nome  - As palavras saem de mim como veneno. Ela hesita, claramente intimidada pelo tom da minha voz e pela presença imponente que eu projeto. Percebo o medo em seus olhos, um reflexo involuntário diante do que exibo  sem esforço. Ao nosso redor, o pub mergulha em um silêncio opressivo; todos os presentes seguravam a respiração, temendo serem os próximos alvos da minha ira.

A TENTAÇÃO DO SUBMUNDO |LIVRO ÚNICO|Onde histórias criam vida. Descubra agora