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𝗦𝗮𝗶𝗻𝘇, 𝗖𝗮𝗿𝗹𝗼𝘀 - 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐.
22 de fevereiro, 2021. - Desabafos noturnos.

Por mais hesitante que estivesse, estava levando Daniel de volta ao hotel dele, que graças a Deus não era o mesmo que o nosso. Só estava fazendo isso porque Leah havia me pedido. A essa hora, estávamos no carro a caminho do hotel, e ele não falava coisa com coisa. Lando estava no banco de trás, para garantir que Daniel não fizesse alguma besteira.

No momento, Daniel estava cantarolando alguma coisa incompreensível devido à sua embriaguez. Só conseguia ouvir a risada fraca de Norris no banco de trás.

— Meu Deus! Ele não cala a boca nunca — murmurei, achando que nenhum dos dois me ouviria.

— Até que está engraçado, vai — respondeu Lando, acompanhado de mais uma gargalhada.

— Não, não está — permaneci sério, olhando para o mais novo pelo retrovisor.

— Para de ser chato assim, Sainz. Desse jeito, nunca vai conseguir conquistar a Leah. — Fiquei surpreso com sua fala e cocei a garganta para me recompor.

— Como? — Lando me encarou pelo retrovisor com um olhar quase mortal.

— Lando, olha o estado desse homem. Acha mesmo que ele está falando sério? — questionei, ainda focado na estrada. Lando deu de ombros, ainda meio receoso sobre o que acabara de ouvir.

— Você acha mesmo que me engana, né? — Ricciardo voltou a abrir a boca, e eu bufei desde a primeira palavra. — Tolo.

Tolo mesmo é ele por ter deixado escapar uma mulher tão incrível como Leah. Ok, eu nego até a morte que tenho interesse nela, mas só para evitar que Lando me mate.

Demoramos uns 20 minutos para chegarmos ao hotel e Daniel não calou a boca durante todo o trajeto. Lando me deu suas chaves e entramos no edifício, carregando Daniel até o elevador e chegando ao quarto em que estava hospedado.

Basicamente o largamos na cama, Lando retirou seus sapatos e ligou para o saguão pedindo um serviço de quarto para a manhã seguinte. Depois de feito, voltamos para o carro, agora com ele no banco do carona.

Ficamos em silêncio até metade do trajeto.

— Olha, Carlos, somos amigos e eu serei bem sincero com você — ele coçou a garganta. — Eu realmente não me importo se você quiser namorar a minha irmã ou coisa parecida, só não quero você mentindo para mim e muito menos para ela.

— Pode ficar tranquilo, Lando.

— Eu falo sério. — Olhei para ele quando parei no sinal vermelho e ele realmente parecia sincero, sua expressão não mostrava nada além de seriedade. — Não quero você cometendo o mesmo erro que o Ricciardo. Diferente dele, você é meu amigo.

Acabei sorrindo com aquela frase por dois motivos: ele reafirmando nossa amizade e pelo fato de não gostar do Ricciardo com a irmã dele.

— Pode deixar, Lando. Vou cuidar bem da sua irmã — assegurei, olhando para ele, e ele sabia que eu era sincero. O sinal ficou verde e partimos.

— Então você admite que queria minha irmã desde o começo?! — Ele alterou o tom de voz e eu ri.

𝖡𝖾𝗍𝗐𝖾𝖾𝗇 𝖢𝗎𝗋𝗏𝖾𝗌 𝖺𝗇𝖽 𝖤𝗆𝗈𝗍𝗂𝗈𝗇𝗌 - 𝗖𝗔𝗥𝗟𝗢𝗦 𝗦𝗔𝗜𝗡𝗭 𝗝𝗥Onde histórias criam vida. Descubra agora