𝖡𝖾𝗍𝗐𝖾𝖾𝗇 𝖢𝗎𝗋𝗏𝖾𝗌 𝖺𝗇𝖽 𝖤𝗆𝗈𝗍𝗂𝗈𝗇𝗌 － 𝗖𝗔𝗥𝗟𝗢𝗦 𝗦𝗔𝗜𝗡𝗭 𝗝𝗥

07

𝗡𝗼𝗿𝗿𝗶𝘀, 𝗟𝗲𝗮𝗵 - 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐.
23 de fevereiro, 2021. - Conexão

O dia estava nublado, oferecendo um alívio bem-vindo do calor do verão. Carlos e eu havíamos planejado de se encontrar para uma tarde relaxante em um café local depois da noite de ontem. O ambiente estava cheio de risos e conversas suaves, criando uma atmosfera agradável.

Carlos estava visivelmente nervoso, embora tentasse esconder. Eu por outro lado, me sentia um pouco confiante e à vontade. Carlos fez o possível para tentar parecer calmo, embora desse pra sentir a pressão de querer causar uma boa impressão.

Após um café com uma grande troca de conversas e risadas, decidimos fazer uma caminhada pelo parque próximo. A conversa fluiu de maneira leve, mas logo senti a necessidade de compartilhar algo mais pessoal. Acho que depois de ontem, me sentia mais segura em falar dos meus problemas com Carlos, ele me entendia e me aconselhava de uma forma tão agradável e admirável.

- Às vezes, sinto que estou sempre tentando lidar com tudo sozinha – Comentei, olhando para o chão. – Como se estivesse carregando um peso constante.

Carlos parou e me olhou com atenção. – Entendo. Eu também sinto uma pressão constante, especialmente nas corridas. Parece que nunca há um momento para relaxar completamente.

Levantei os olhos para ele, surpresa pela honestidade. – Nunca imaginei que você também enfrentasse tanta pressão. Sempre pensei que você tivesse tudo sob controle.

Carlos sorriu, um pouco tímido. – Todos têm seus desafios. Eu só aprendi a lidar com eles melhor quando tenho alguém com quem conversar. É por isso que aprecio estar aqui com você hoje.

Meu sorriso não se conteve, acabei ficando um pouco emocionada. – Eu também estou feliz por estar aqui. É bom ter alguém para conversar de forma tão sincera.

A caminhada continuou, e a conversa se aprofundou. Compartilhamos sonhos, medos e aspirações, descobrindo uma nova conexão entre nós. Cada momento parecia trazer à tona uma nova faceta um do outro, e o sentimento de proximidade só aumentava.

Quando chegamos ao final do parque, olhei para Carlos com um sorriso suave. – Eu realmente gostei deste tempo que passamos juntos. Foi mais do que eu esperava.

Carlos, sentindo um novo calor em seu peito, respondeu com um sorriso sincero. – Eu também gostei. Talvez possamos fazer isso novamente, mas de uma forma mais... pessoal.

– Eu adoraria - Respondi, sentindo um brilho em seus olhos e um sentimento novo, mas não inesperado em mim. Eu ainda tinha receio das futuras consequências que isso poderia nos gerar, mas no momento, eu já não sinto que controlo mais meu coração.

Encerramos o dia com uma sensação renovada de conexão e possibilidades, sentindo que finalmente demos um passo a mais, mas não tão antecipado.
____________________________________

Curtinho, mas espero que tenham gostado. Estou tentando aos poucos ir aprofundando cada vez mais esses sentimentos dos dois.