UMA LONGA SEMANA

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No dia seguinte, Merida teve que voltar à sua rotina de estudos e regras rígidas, enquanto Eret começou um intenso treinamento com os demais guardas.

Naquela manhã de segunda-feira, a jovem estava com a mente mais dispersa do que nunca, pois só conseguia pensar nos eventos do dia anterior e principalmente nos belos olhos castanhos de seu salvador.

Por mais que tentasse se concentrar nos estudos (algo que já não conseguia fazer antes de todo o ocorrido), ela não podia amansar seu coração, que praticamente galopava dentro do peito. Por repetidas vezes, Elinor a repreendia pela desatenção, mas ela nem se importava.

Enquanto isso, Eret também sonhava acordado, tanto que quase acertou uma flecha em um de seus colegas. O capitão da guarda ficou zangado por causa do erro e o obrigou a fazer uma série de flexões, mas o rapaz não se afligiu, pois tudo valia a pena, se pudesse estar ao lado de sua amada princesa, mesmo que fosse só uma vez por semana.

Eventualmente, os dois apaixonados se encontravam pelos corredores do castelo, mas só conseguiam se ver por alguns segundos, enquanto se encaminhavam para seus compromissos diários (apenas o suficiente para trocarem breves sorrisos). A rotina era cruel com ambos.

À noite, quando já estava em sua cama, Merida desejava se aninhar entre os braços fortes de Eret e sentir o seu calor. Enquanto isso, deitado em seu monte de feno nos estábulos, o rapaz tinha o anseio de beijar seus lábios de rosa e lhe dizer tudo o que estava preso em seu coração. Quando adormeciam, obviamente sonhavam um com o outro.

E assim, os dias se arrastavam para Merida e Eret. Às vezes, eles achavam que o domingo jamais iria chegar e outras, ficavam ensaiando o que diriam e fariam quando se encontrassem, o que os levava a uma séria dúvida: será que ambos sentiam o mesmo um pelo outro?

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