Proposta [1/2]

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— Eu não posso acreditar nisso.

— Rina, não é nada disso que você está pensando… — Sana levantou as mãos em protesto, o espanto na face da senhora de idade era nítido e denunciava para onde sua linha de raciocínio havia seguido.

A beta negou, apontando o dedo para as três figuras encolhidas na cozinha. — Sei que vocês são alfas, mas pouco me importo com isso. Criei vocês três para serem alfas gentis, mas o que é isso? — Rina olhou em direção das três ômegas atiradas estranhamente no enorme sofá da sala principal. — Trazendo garotas bêbadas e vulneráveis para a casa? Que merda é essa? Pelo amor de Deus.

Mina pigarreou, umedecendo os lábios para prosseguir, — Não é nada disso, Okaasan. Não as sequestramos, elas-

— Até você, Mina? — Rina falou mais alto, as três alfas se encolheram imediatamente. — Sana e Momo eu até entendo, mas você? — As citadas arregalaram os olhos incrédulas.

Jamais fariam nada do tipo. Onde Rina queria chegar?

— Rina, é muito difícil explicar agora, mas não está acontecendo nada de errado aqui. — Momo tomou a frente, utilizando seu tom de voz mais calmo. Queria transmitir sinceridade para a mulher que a criou, e pareceu funcionar, uma vez que Rina aparentou relaxar. — Aconteceu um grande mal-entendido e estamos tentando ajudá-las.

Rina manteve o olhar firme sob as filhotes, somente desviando quando constatou que elas estavam falando a verdade. O cheiro delas transmitia honestidade. Mais calma, a japonesa mais velha atravessou a cozinha e foi em direção da sala, mais especificamente até as ômegas alteradas. As alfas se entre olharam sem saber como agir, então Sana deu de ombros, imitando os movimentos da mãe. Não demorou para Momo e Mina as seguirem.

— É só eu ou tem uma mulher nos encarando? — Dahyun sussurrou para as amigas, encarando Rina pelo canto do olho. Tentava passar despercebida, e honestamente? Ela estava falhando miseravelmente.

— Boa noite, meninas. Me chamo Rina e...

De repente, o silêncio dominou o ambiente, a japonesa mais velha juntava as peças mentalmente. Ela conhecia o rosto daquelas jovens, como não reconhecer? E no momento a única pergunta que passava por sua mente era: O que três ômegas prestigiadas faziam na casa de sua filha mais velha?

Abruptamente a beta se virou para as filhas novamente, dessa vez, acertando cada uma com o pano de prato. A risadinha de Nayeon soou ao fundo.

— Isso é coisa do pai de vocês? Que merda é essa?

Mina rosnou baixinho, escondendo o rosto com as mãos. A noite não acabaria tão cedo.

— Mamãe, claro que não! — Sana ligeiramente negou, expressando sua melhor cara de descrença. — Fomos ao jantar de celebração do casamento dos Kims, ok? Apenas isso. Nada de mais.

— Então por que raios Lim Nayeon, Kim Dahyun e Park Jihyo estão na casa da sua irmã?

Sana, mais surpresa que a própria Rina, parou ao lado da japonesa mais velha e encarou as irmãs, — Que papo é esse?

Mina revirou os olhos pela burrice da irmã mais velha. Sana conseguia ser realmente desatenta às coisas, — Se você participasse mais dos negócios, saberia.

— Por que vocês estão falando da gente como se a gente não estivesse aqui? — Nayeon, com a coloração do rosto tão vermelha quanto a de um tomate, falou com a voz arrastada. A coreana brincava inocentemente com a parte de trás do avental de Rina.

— Espera. Você está me dizendo que essas mulheres aí… — A segunda alfa mais velha direcionou o indicador para as ômegas. — São ômegas das famílias mais influentes da Coreia?

𝗔𝘀 𝗠𝗮𝗹𝗱𝗶𝘁𝗮𝘀 𝗛𝗶𝗿𝗮𝗶𝘀 - MOHYO (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora