40.2 Lost- Suguru Getou

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Amo vocês.

Vai se preparando em 🥰🙏

______________&

A primeira vez que você viu Suguru Getou foi em um dia normal depois da escola.

Suas amigas te perturbaram a aula toda para irem ao novo salão de jogos que tinha aberto algumas semanas antes. E você, como uma pessoa de coração mole, aceitou, mesmo que tivesse que ir correndo para o cursinho em seguida.

Foi lá, no momento em que você foi pegar alguma bebida no balcão e ele tinha ido comprar um cigarro. Você torceu o nariz e saiu, mas não percebeu que ele tinha te seguido pelo interior de todo o salão até suas amigas.

Elas olhavam encantadas para ele, enquanto você levantava uma sobrancelha ao se virar. Ele não era feio, claro que não. Só não era seu tipo, ainda mais porque fumava.

— Pois não? — Você falou com voz firme, fazendo ele dar um sorriso sínico com o canto da boca. Babaca.

— Hm… — Ele olhou para uma de suas amigas e a chamou com um dedo, como se fosse um cachorro. E o pior? Ela se colocou na sua frente. — Diz pra ela — ele apontou para você. — Que é falta de educação fazer caretas para estranhos.

Quando sua amiga se virou e estava prestes a comunicar a mesma frase que o moreno havia falado, você apenas levantou uma mão até o rosto dela e empurrou com certa pressão para a mesma se calar. Você olhou feio para sua amiga e voltou a sua atenção para o homem.

— Primeiro: acho que você é muito grandinho para pedir a outras pessoas para falarem por você. — Você viu o sorriso dele aumentar e com isso, seus olhos se reviraram. — E segundo… acho que pela sua roupinha. — Você apontou de cima a baixo para a roupa dele, com uma cara de poucos amigos. — Deve ser um uniforme de alguma escola, certo? Devia estar fumando? O que seus professores vão achar?

Suas amigas soltaram várias risadinhas atrás de você, e a que estava com a cara contra sua mão correu até as outras meninas, deixando somente você cara a cara com o menino de coque.

Os braços dele se cruzaram, e, com um sorriso bonito, indicou com a cabeça a direção que tinha a porta de entrada do salão. Ele estava te chamando para sair dali, para ficarem um pouco a sós.

— Meus professores eu não sei, mas adoraria saber o que você acha. — Você corou um pouco, olhando para o lado. — Vamos caminhar um pouco, o que acha?

E você foi com ele, por muita pressão de suas amigas que já iam entregando sua bolsa e te empurrando na direção dele. Te jogando para a boca do leão só porque era bonito.

Só que você esqueceu todas as suas preocupações quando ele te segurou pela cintura e beijou seu pescoço. Quando ele te colocou contra a parede da área externa do salão e quando ele dava sorrisos durante o beijo. Como ele te deixou tão molhada e como ele se afastou do nada, só para levar o cigarro até a boca e acender enquanto te via tentando controlar a respiração.

Depois daquele momento e uma trocação de números rápida, você voltou para suas amigas só para se despedir e correr para seu cursinho, tentando tirar da mente aquele garoto abusado e com um beijo que só de lembrar...

Certo, nada poderia te desconcertar naquele dia antes da prova, mas advinha? Satoru Geto, como ele se apresentou na primeira mensagem que enviou para seu celular. A segunda mensagem veio logo em seguida com "me adiciona" e um emoji de cigarro, só para mexer com sua ira.

Bom, ele havia conseguido, já que você não prestou nenhuma atenção na aula. Ele havia mexido com sua cabeça só com um beijo, o que ninguém havia feito nos seus dezoito anos.

Mais pra frente, depois de muitas mensagens e encontros nada planejados de madrugada, finalmente você tinha uma aliança no dedo e um sorriso enorme no rosto.

A etapa mais difícil havia passado e lá estava você, acompanhada com seu namorado na casa dos seus pais. Comemorando e jantando, sendo sociáveis.

Mas não durou muito, já que Suguru se levantou e fez um sinal com a cabeça para você. Ele se despediu dos seus pais no meio do jantar, e você teve que pedir desculpas no lugar dele, saindo apressada pelos corredores grandes e cheios de quadros dos seus antepassados.

Seu salto fazia um barulho enorme por causa dos seus passos apressados contra o mármore branco e preenchiam o lugar. Era até satisfatório de se ouvir, mas você estava irritada demais para apreciar.

— O que houve? Me dê um motivo muito bom para você ter saído no meio do jantar que meus pais prepararam para você. — Você o alcançou, logo se apressando para ficar ao lado dele na varanda em frente à sua casa.

Ele apenas pegou um cigarro no bolso e levou o isqueiro até a ponta, acendendo sem muita dificuldade e logo tratando, soltando a fumaça em seguida como se estivesse suspirando.

— Me senti sufocado. — ele tirou o cigarro da boca e te ofereceu, mesmo que soubesse que você era contra.

— Ae? Não me diga. — Você levou uma mão até sua cintura e a outra foi até o osso do seu nariz, o apertando para tentar amenizar um pouco a dor de cabeça que estava sentindo. — Isso foi uma vergonha, Suguru. Não se sai no meio do jantar e ainda mais quando foi feito para você!

Ele deu de ombros, dando mais uma tragada e bufou a fumaça.

— Vocês ricos e suas manias estranhas… é só um jantar. — ele falou com uma voz despojada.

— Era um jantar de oficialização de namoro, não um jantar qualquer. — Seu tom se elevou um pouco, mas logo você levou suas mãos até o rosto e suspirou.

— Vamos voltar lá para dentro, de mãos dadas, e pedir desculpas a meu pai e minha mãe.

— Não, valeu. — Ele deu mais uma tragada e bufou a fumaça. — Tenho que ir encontrar Satoru agora.

— Agora? Não é possível. — Você andou até ele, colocando suas mãos no peitoral largo dele. Ele olhou em seus olhos e você retribuiu. — Por favor, não estrague as coisas hoje ou eu vou achar que se importa mais com seu amigo do que comigo.

Ele deu um sorriso e então, quebrou o contato visual e olhou para cima, para o céu estrelado que cobria vocês. Era o dia perfeito, era para ser o dia perfeito.

— Achar? — Então ele se afastou de você e começou a descer as escadas da mansão, pegando o cigarro e jogando no pequeno jardim na lateral da casa.

— O que quer dizer com isso? — Você o seguia enquanto segurava a cauda do seu vestido. Suas sobrancelhas estavam quase se fundindo de tanto que você franziu sua testa.

— Nada. — Ele fez um sinal de tchau com a mão.

— Suguru Getou, não me faça me arrepender de nada! — Você quase gritou, mas nem isso parou ele.

— Faça o que quiser. — Ele te respondeu quase que instantaneamente e isso quase fez seu coração parar. — Estou indo, até amanhã.

Não teve amanhã, nem depois de amanhã já que você havia ficado uma semana sem falar com ele até quando o mesmo apareceu em seu portão, jurado estar arrependido, mas você só acreditou depois que o mesmo pediu desculpas para seus pais e os presenteou.

Só depois que prometeu não fazer nada parecido, mas só depois de aceitar ficar sem contato físico algum por mais algumas semanas.

Aí sim você o perdoou e o aceitou de volta, só assim.

Mas naquele dia, naquela noite em que você teve que voltar para dentro de casa sozinha e com o coração machucado, você aprendeu que tudo era muito frágil.

O amor era frágil e poucas pessoas tinham a habilidade de curar dele, e você temia que Suguru não era uma dessas.

Imagines de Jujutsu Kaisen +18Onde histórias criam vida. Descubra agora