Á noite faz uma chegada clássica com a lua cheia. Vestidos casualmente, León e eu pegamos a caminhonete e deixamos para trás a cabana com as portas e janelas trancadas, prevenindo que algum zé arrombado tente invadir. Eu sugeri que dá próxima vez colocássemos algumas armadilhas, já que tivemos pouco tempo agora. Ele curtiu a ideia por também fazer o estilo dele.
Colocando isso de lado, peço para darmos uma passadinha em algum super mercado, onde compramos uma garrafa de vinho tinto da marca Oliver.
- Acha que ela vai gostar? - pergunto meio duvidoso à León, segurando a garrafa nas mãos.
- É o favorito dela, né? Então, não tem pra que duvidar - responde ele, confiante, girando o volante para à direita. Entramos em uma rua a uns cinco quarteirões da nossa antiga casa.
Suspiro inquieto no banco do passageiro.- Ei. Nada de nervosismo, baby boy. É a sua mãe - ele me adverte para o meu próprio bem.
- Eu sei. Acontece que você está vindo comigo.
- Preferia que eu não viesse? - ele me lança um olhar franzido e volta a focar na pista movimentada.
- Nem fodendo eu ia te deixar para trás. Quero você do meu lado. Mesmo que na frente dela.
Ele ri.
- Tá cogitando a possibilidade de ela envenenar o meu prato antes de servir o jantar? É por isso que você tá receoso? Ela ainda quer me matar, ou não mesmo?
Agora sou eu que acabo rindo.
- Embora ela quisesse ter feito isso a um tempo atrás, eu sinto que agora ela só quer conversar com você. Aliás, ela não curte vingança. Portanto, você está seguro.
- É bom mesmo.
Logo ele sai da rua, subindo com o carro pela calçada e estacionando em frente à garagem da casa. As luzes dos faróis morrem assim que ele desliga o motor. Descemos e andamos lado a lado até a entrada.
Passo a garrafa de vinho para as mãos de León, que me encara sem entender nada. Aperto a campainha. Com um olhar, dou o sinal de que ele deve entregar a bebida. Pode ser que a ajude na interação com minha mãe.
A porta abre e ela surge, bem arrumada como toda a mulher elegante e com um leve toque de maquiagem. Ela sorri. Nos abraçamos. Depois ela fica de frente para o meu padrasto.
- Como vai, León? - cumprimenta ela, cruzando os braços.
- Bem - responde ele, sério. - E você?
- Muito bem.
- Eu trouxe isso pra gente beber - ele suspende a garrafa de vinho Oliver.
- É o meu favorito - comenta ela, recebendo a bebida e dando uma olhadinha na logo pregada no vidro. - Venham. A macarronada está quase pronta. Mas ainda falta montar a mesa.
- Eu faço isso - ofereço-me sem cerimônia.
Eu conto com a ajuda voluntária de León para arrumar os pratos, talheres, copos e guardanapos para três lugares da mesa na sala de jantar. Durante a simples tarefa, o cheiro que vem da cozinha é fantástico, o que me faz flutuar até o local, encontrando minha mãe dando uma remexida na panela da macarronada com uma colher de pau. León também chega mais perto.
O espaço mesclado com a nossa presença abre na minha cabeça um álbum de recordações dos tempos que nos reuníamos ali.
- Quinn e Jeffrey passaram por aqui a uns dois meses atrás - conta a Sra. Wilson, tampando a panela e apagando o fogo. - Eu ainda tava tão chateada que tratei eles super mau. Algumas semanas depois eu me senti culpada. Liguei para eles e pedi desculpas. Eles disseram que já sabiam de tudo sobre o que aconteceu entre mim e você, León.
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Meu Padrasto Irresistível (Romance Gay)
RomanceMorando em uma cidadezinha do Colorado, Anthony Wilson é um jovem estudante de 18 anos, rebelde, impulsivo e inexperiente, cujo a vida ainda tem muito à lhe ensinar. Sua mãe, Rose, casou-se recentemente com León Pascal, um ex-militar das forças arma...