Cap.25 (Parte 1: A bruxa é uma mulher sábia)

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Inspiração que EU TIVE para esse Capítulo:

Se preparem para fortes emoções nesse Capítulo

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Se preparem para fortes emoções nesse Capítulo

Matilda, você fala da dor como se estivesse tudo bem
Mas eu sei que você sente como se um pedaço de você estivesse morto por dentro...
Você pode deixar para lá
Você pode dar uma festa cheia de todo mundo que você conhece
E não convidar sua família, porque eles nunca te mostraram amor
Você não precisa se desculpar por ir embora e crescer

(Matilda - Harry Styles)

Ravena

Calendário: segunda dia 5 de março de 1990

Acordei escutando as vozes de algumas pessoas conversando, as vozes estavam meio abafadas por eles estarem lá em baixo, então levantei da cama devagar e andei rapidamente.

Abri a porta sem fazer barulho.

Reconheci as vozes das três pessoas que estavam conversando, era 06h15 e todos pareciam dormir lá fora, mas aqui em casa acordaram cedo.

Minha mãe conversava baixinho com meus avós

Dona Serafina e seu Lisandro voltaram e resolveram fazer uma visita pela manhã.

- Eu fico pensando como é possível Ravena ter esses pensamentos - vovó comentou - Quer se formar, viajar e conhecer o mundo... isso não vai ajudar em nada. Ela precisa se preocupar com o seu futuro.

- Futuro para ela significa se aventurar pelo mundo, Serafina - vovô suspirou - Não quer ter responsabilidade com nada. Deveria pensar em mudar os seus comportamentos e amadurecer...

Dona Serafina interrompeu seu Lisandro.

- Penso a mesma coisa. Ela fica dizendo que a gente não se importa com ela, que se sente uma intrusa como se não fosse dessa família, que não gostamos dela.

Revirei os olhos.

Eles não se importavam mesmo comigo.

- Fica fazendo o papel de vítima - a minha mãe completou - Ainda teve a coragem de dizer que é uma marionete e decidimos tudo por ela.

- Ravena disse isso? - vovó perguntou surpresa.

- Estamos ajudando essa menina e ela pensa que é uma marionete - vovô respirou fundo - Não enxerga que só queremos ajudar. Fica aí com esse mal comportamento.

- Isso é culpa sua, minha filha - vovó continuou - Educou essa menina muito mal, deixou ela fazer tudo, sair sempre a hora que quisesse, responder você.

Escutei o som de água caindo e suspeitei que era dona Vânia na cozinha.

Silêncio.

Talvez ela ficou nervosa e bebeu água para se acalmar.

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