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Lana Martínez:

— Aparece Gavira... Aparece pra ele. — Falei cruzando os braços, achando que ele não abriria a porta, mas ele abriu. Droga. — Gavi, você não vai fazer isso. — Falei.

— A porta do quarto dele é aquela né? — Ele disse apontando e era a porta certa.

— Volta aqui. — Eu tentava falar o mais baixo possível.

— Só se você me aliviar. — Ele disse.

— Não, eu não vou ser idiota Gavira. — Falei quase chorando de raiva.

— Vai chorar, Lana? Não chora não. — Ele ironizou. — Só depois que eu me apresentar para seu pai, eu quero conhece-lo, ele deve ser um homem bom. Ele gosta de gangsters? — Saí correndo e o puxei novamente para dentro do meu quarto e tranquei a porta.

— Não faça isso Pablo, por favor. — Pedi, mas ele não deu a mínima, me empurrou e abriu a porta novamente.

— Não faça isso o que? — Ele gritou no corredor. — Merda, porra, droga. Eu estava ferrada. Ouvi o barulho de porta se abrindo, era meu pai saindo de seu quarto. Fechei os olhos nem querendo ver no que isso ia dar e quando abri, Gavi havia entrado novamente para meu quarto e fechado a porta, meu pai bateu na mesma. Olhei rapidamente para Gavi e ele estava rindo malicioso... — Quer saber? Acho que só a Gabriela vai se ferrar mesmo. — Ele piscou para mim. — Eu ainda quero você viva, bem viva... — Ele foi para a sacada, deu um jeito de pular e sumiu. Senti aquele alívio infinito. Abri a porta para meu pai.

— Tudo bem? Ouvi vozes no corredor...

— Desculpa ter te acordado, foi sem querer eu juro, me empolguei com a música...

— A voz era mais grossa que a sua. — Ele disse desconfiado.

— O cantor era homem, então imitei o grave dele.
— Ri e acho que meu pai havia engolido essa.

— Tá, sem mais cantarias, vá dormir. Boa noite — Ele disse saindo e enfim eu pude respirar direito.

possessive - pablo gavira.Onde histórias criam vida. Descubra agora