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Lana Martínez:

Bom já que meu pai me mandaria para Marbella, eu estava decidida no que fazer. Peguei meu celular, procurando a foto que eu havia tirado de Ana naquela boate, e olha que legal, bem na hora, a puta chegou.

— Ah, meu Deus, eu estou tão feliz, você voltou. — Ana veio me abraçar para fazer cena à meu pai, mas me afastei, ela me fuzilou rapidamente com os olhos, e logo foi até meu pai lhe dando um selinho rápido, o mesmo não teve nenhuma reação. — Sinto cheiro de clima ruim. — Ela disse passando as mãos em seus cabelos lisos e longos.

— Clima muito ruim, Ana. — Falei e sorri para ela. — Não fui muito com a cara da sua chantagem. — Comecei a falar e ela arregalou os olhos. — Então vou pôr as cartas na mesa. — Meu pai me olhava sem entender. Voltei a concentração em meu celular, logo achando a foto que eu havia tirando de Ana. — Sua máscara caiu. — Falei e na mesma hora Ana veio para cima de mim, tomando meu celular de minhas mãos. — DEVOLVE, SUA VADIA. — Gritei tentando pegar, mas ela já estava prestas a apagar.

— Não, você não vai arruinar tudo. — Ela disse.

— Arruinar tudo o que? — Meu pai parou do lado dela, tirando o celular de suas mãos e olhando para o visor, onde aparecia uma foto de Ana semi-nua, naquela boate. — MAS O QUE É ISSO, ANA? — Meu pai gritou e ela ficou com o rabinho entre as pernas.

— É montagem. — Ela tentou se defender.

— Isso não parece nem um pouco montagem. — Ele dizia firme, olhando para o visor e logo olhando para ela.

— Sua filha também não é nenhuma santa. — Ela começaria a abrir o jogo, apenas revirei os olhos, já estava tudo fodido mesmo. — Sua filha se envolve com um gangster, e tenho certeza que ela estava na casa dele, todo esse tempo, foi assim que ela me encontrou naquela boate.

— Que no caso, é o trabalho dela. — Completei.

— Então você confessa que é uma vadia, Ana? — Meu pai ignorou o fato de eu me envolver com Gavi. — É ISSO MESMO, VALENTINA? VOCÊ ME COLOCOU CONTRA A MINHA FILHA TODO ESSE TEMPO, ESTAVA QUASE FAZENDO EU MANDÁ-LA PARA MARBELLA COM SUA AVÓ? — Ele gritou. — FORA DA MINHA CASA AGORA, SUA VADIA.

— SUA FILHA TAMBÉM É UMA VADIA. —
Ana gritou.

— DEIXA QUE COM LANA EU ME ENTENDO, SAIA AGORA. — Meu pai tornou a gritar. Ana correu lá pra cima e logo desceu com uma bolsa contento algumas coisas suas, me lançou um olhar furioso e disse:

— Você me paga. — Em seguida, saiu pela porta, menos um peso.

— Podemos ser uma família normal agora? — Perguntei para meu pai que tinha seus olhos marejados.

— Eu não esqueci o que Ana disse... Sobre você se envolver com um gangster... Que história é essa, Lana? — Ele perguntou tentando manter a calma. — Uma decepção atrás da outra... — Ele murmurou.

— Pai... — Respirei fundo. — Eu não sei nem o que dizer...

— COMECE ME DIZENDO QUEM É ESSA
DROGA DE GAROTO. — Ele gritou novamente
me assustando.

— Ele é dono da boate que Ana trabalha. — Falei.

— Dono? — Ele perguntou incrédulo. — Então ele tem quantos anos? Trinta? Lana, você está se envolvendo com alguém de trinta anos?

— Não, pai. Ele tem apenas vinte e um. — Falei. — Eu o conheci e nós nos apaixonamos. — Menti bonito. — Ele não chega a ser um gangster. — Menti de novo. — Mas pode ter certeza, eu não pretendo mais me envolver com ele. — Falei lembrando do que Gavi havia feito e dito para mim. — Acabou. — Falei com tristeza na voz.

possessive - pablo gavira.Onde histórias criam vida. Descubra agora