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Lana Martínez:

— Fodida você já está de qualquer jeito. — Ele disse com duplo sentido. — Vai querer que eu te leve?

— Não, eu vim de carro. — Falei vestindo minhas roupas. — Mas eu quero um beijo, vem cá. — Pedi e ele levantou-se da cama vindo em minha direção fazendo o que eu pedi e logo deu um jeito na camisinha. — Tem certeza que não é um sonho? — Falei e Gavi riu.

— Sim. — Ele disse. — E acho melhor você tentar esconder esses chupões aí, não quero ter que invadir sua sacada se você ficar de castigo.

— Mas você invadiria de qualquer jeito. — Pisquei para ele. — E se meu pai descobrir, vai muito além de um castigo, você sabe disso. — Falei, tapando aquelas marcas com os cabelos. — Ele arqueou as sobrancelhas e eu assenti.

— Eu te buscaria até no inferno. Marbella?

— Pablo, é sério, eu estou correndo um risco muito grande com esse namoro. — Resolvi abrir o jogo. — Meu pai nunca aceitaria isso.

— E quem disse que ele precisa ficar sabendo? - Ele deu aquele seu típico sorriso de canto que me deixava louca. — Conhece aquela história de que escondido é mais gostoso? — Ele riu e eu me mantive séria, eu já escondia coisas o suficiente de meu pai.

— Tá. — Falei por fim. — Tenho que ir. — Gavi vestiu sua calça de moletom, pois ele estava nu e foi comigo até a porta.

Quando abrimos a porta, pois Gavi iria comigo até meu carro, demos de cara com Cecília que estava com Luara em seu colo, ela me olhou com uma cara estranha e eu fiquei super sem graça.

— E aí, coroa. — Gavi disse.

— Se você continuar com essa mania ridícula de me chamar de "coroa", eu juro que tiro sua vida. — Cecília disse, enquanto Gavi pegava Luara no colo e a beijava. Sorri com aquela cena. Logo os olhos de Cecília pararam sobre mim e eu fiz uma cara de tipo "estou encrencada". — Lana. Você aqui? — Ela perguntou de modo cauteloso

— É que... — Eu não conseguia pensar em nada.

— Ela estava comigo, ué. — Gavi deu de ombros. — Você já sabe sobre nós.

— É, mas seu pai não vai gostar nada disso. —
Ela disse. — Eu senti que ele não foi muito com a cara de Gavi, ah claro, quem iria? Depois de meu filho provar que é um drogado.

— Pô, mãe. Pega leve. — Gavi disse.

— Droga. — Falei ao pegar meu celular e ver que meu pai estava ligando. — Eu estou muito ralada. — Falei.

— Mãezinha linda, quebra essa, ajuda a Lana. Não é você que adora ela? Então... — Até que enfim aquele garoto deu uma ideia que prestasse. Cecília me analisou por um tempo e logo pegou o celular de minha mão.

— Oi, Mateus. — Ela abriu um sorriso e seus olhos brilharam. — Sim, ela estava comigo, desculpa ter roubado sua filha, é que eu precisava de ajuda com Luara. — Ela deu uma gargalhada como se tudo aquilo fosse verdade e eu peguei Luara no colo e comecei a brincar com ela, mas em nenhum momento deixei de prestar atenção no assunto. — Mas ela já está indo para a casa, alias, nós estamos indo, vim deixar Luara aqui no pai dela e já estou indo embora. — Ela disse. — Sair para jantar hoje? — Ela disse e eu a olhei rapidamente. — Claro, claro. — Gavi revirou os olhos e eu lhe dei um tapa. — Tá, já estamos indo, tchau. — Ela desligou e me olhou. — Lana, você sabe quais são as consequências se seu pai descobrir, não sabe? — Ela me advertiu e eu apenas assenti. — Vamos, vou aproveitar e vou pegar uma carona com você.

— Tá. — Falei. — Tchau, coisa linda. — Falei para Luara e enchi suas bochechas de beijos. — Se o papai não cuidar direitinho de você, você pode bater nele, viu? — Disse fazendo cócegas nela e ela riu.

possessive - pablo gavira.Onde histórias criam vida. Descubra agora