89

76 15 0
                                    

Lana Martínez:

Eu precisava encontrar Alice, minha felicidade havia voltado, eu queria contar tudo à ela, por mais que ela fosse me chamar de idiota por ter voltado com Gavira.

— Lice. — A chamei ofegando ao encontrá-la saindo da sala, ela me olhou com uma cara estranha.

— Você estava triste antes... e agora tá sorrindo igual à Gabriela quando vê o pênis de algum garoto do time de futebol. — Eu ri de sua comparação.

— É que... Bom...

— Não precisa nem dizer. Eu já sei. Você e Gavi se acertaram. — Fiz que sim com a cabeça e ela riu. — Vocês se amam, pode ter certeza disso, mas você é idiota, deveria ter deixado ele correr atrás mais um pouco.

— Isso é impossível quando se namora Pablo
Gavira. — Sussurrei. — O garoto é gostoso pra caralho, é difícil resistir. — Falei e Alice riu.

— Prefiro Pedri, Gavi é um pé no saco.

— E o Pedri não é?

— Tá, vamos parar antes que a gente se embole aqui. — Eu ri, ela me abraçou e nós fomos caminhando pelos corredores.

[...]

— Aquela creche ali deve ser boa. — Apontei para uma creche que avistei ao lado de um supermercado, Gavi estacionou o carro, nós descemos e ele pegou Luara no banco de trás.

— Vamos ver se é boa mesmo, não quero em minha filha em qualquer lugar. — Ele disse e eu ri, ele pegou minha mão e nós paramos na frente do grande casarão de cor azul que tinha uma pracinha lotada de crianças na frente e desenhos de bichinhos na parede, Gavira apertou a campainha e uma mulher que aparentava ter uns trinta e poucos anos veio nos atender.

— Bom a tarde, o que procuram? — Ela foi simpática.

— Nós estamos procurando uma creche confiável para Luara ficar, será que nós poderíamos conhecer o local? — Perguntei.

— Luara deve ser essa coisa fofa, não? — "Não, sou eu." Luara sorriu para a pequena que se escondeu entre a curva do pescoço de Gavira louca de vergonha, eu ri. — Pelo visto ela é meio tímida. — A mulher riu. — Podem entrar. — Nós entramos, eu sorri para algumas crianças que corriam adoidadas pelo pátio e vi Gavi ficar meio assustado.

— Elas não param, não? — Ele cochichou em meu ouvido e eu ri.

— São crianças, Gavira, apenas criança. Igual sua filha. — Falei e ele deu um sorriso.

Entramos no grande casarão que era lotado de coisas infantis, seguimos por um grande corredor onde a mulher nos mostrava tudo.

— Aqui é o berçário, onde ficam os bebês a baixo de um ano. — Fiz uma cara boba ao ver aquelas coisinhas tão pequenas, eles eram muito fofos, até a parte que um bebê resolveu abrir a goela, a garota que cuidava do berçário saiu correndo para pegar a criança, mas antes deu uma grande examinada em Gavira que tinha Luara em seus braços, lancei um olhar furioso para ela.

— Eu vi isso, hein. — Ele disse e riu.

— Aqui é o refeitório, onde eles fazem o lanchinho. — A mulher nos mostrou um lugar cercado de mesinhas infantis, algumas crianças estavam lá comendo frutinhas.

— Senhorita Iasmin, o pai de alguma das crianças quer falar com você. — Uma baixinha com curtos cabelos e óculos apareceu.

— Ah, sim, chame o Marc Giu para continuar mostrando a creche à esses pais. — Ela disse.

— Vocês parecem ser bem novos para serem pais. — A baxinha comentou, olhando para Gavi sem graça, como se ele a intimidasse.

— Acontece. — Gavi deu de ombros.

possessive - pablo gavira.Onde histórias criam vida. Descubra agora