Rachel abriu os olhos e sentiu frio. Olhava para a escuridão. A única luz, vinha da lua lá fora, e era insuficiente para iluminar o quarto. Bill estava deitado ao seu lado, com um braço em torno de sua cintura, uma perna sobre a dela, com o rosto enterrado em seu pescoço. Teria sido perfeito acordar dessa maneira, estava adorando de fato, mas algo estava estranho. Ela estremeceu, e não só por causa do frio.Rachel sentiu um terrível pressentimento, uma sensação que subia por sua coluna.... Sabia que não queria estar deitada ali, nua...nesse momento e nem queria que Bill estivesse dormindo. Ela o cutucou, acordando-o bruscamente de um sono profundo. Mas a sensação de pavor persistia em seu corpo, sabia que não havia tempo para carinhos.
— Mas o que... ?
— Bill, sai de cima, rápido.
Bill lhe respondeu imediatamente. O tom da sua voz o colocou em estado de alerta. Rachel se levantou, com movimentos rápidos e silenciosos, e rapidamente vestiu a camisa de Bill. Ele também se levantou, e por instinto, abaixou-se no chão. Ainda vestia a calça quando Rachel aproximou-se da janela e saltou sobre o parapeito.
— Espere por mim. — ele pediu.
— Você está sentindo?
— Não. Diga-me o que você está sentindo?
— Não sei. É sombrio, escuro...mau.
Rachel levou um dedo à língua, provando-o, e tentou examiná-lo no escuro. Bill sabia o que ela estava procurando. Queria entender de onde vinha o gosto de sangue em sua boca. Mas o sangue não era dela.
— É uma ilusão. Lembre-se disso. Sua empatia é real em outro individuo, não em você. — Bill estava atrás dela, olhando por cima de seu ombro, tentando entender o que a perturbava tanto.
De repente, Rachel ofegou e se virou com uma exclamação sufocada. Tarde demais.
O intruso invadiu o quarto e arremessou alguma coisa na escuridão, um objeto que bateu diretamente na cabeça de Bill, jogando-o contra a cômoda, ao lado da cama. Rachel gritou, saltando do parapeito sobre o desconhecido que derrubara Bill. Suas mãos socou o peito do intruso, agarrou suas roupas e puxou em sua direção, enquanto seu joelho chutava o abdômen do estranho ser. Então, lhe empurrou para trás e deu com o punho cerrado, no nariz do atacante.
O invasor cambaleou, mas não caiu. Ele se recuperou rápido, considerando a força do ataque. O estranho balançou o braço e bateu em cheio no rosto de Rachel, jogando-a para um lado. Rachel ficou surpresa com o ataque, mas percebeu que não estava machucada. Não como deveria estar com o tapa que levou. Ele a atacou novamente, mas o golpe foi bloqueado por seu antebraço. Ele deu-lhe um soco, mas ela também se desviou rapidamente. E com uma manobra ousada, ela conseguiu atingir o pescoço do intruso, dando-lhe um golpe contra a garganta do infeliz.
O grito de dor foi masculino. Ele avançou e a agarrou pelos cabelos, puxando-a com tanta força, que Rachel girou num ângulo de cento e oitenta graus. Ela estava quase caindo, quando de repente, uma luz azul sinistra invadiu o quarto, revelando uma mão que se aproximava de seu pescoço.
— Demônio. Vadia! — ele exclamou rouco.
O raio azul saia dos dedos do homem e a atingiu em cheio, causando-lhe uma intensa dor. Rachel gritou e seu corpo convulsionou inteiro, causando uma descarga elétrica, que pôs seus cabelos em pé.
— O nome dele! Quero saber o nome dele! — o intruso a sufocava com um braço, enquanto a outra mão enviava mais raios de energia através de seu corpo.
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DEMONS | BILL KAULITZ
أدب الهواةO controle de Bill é total, até o momento em que ele conhece a historiadora Rachel Walker, numa sombria noite em Nova York. Salvar a vida daquela jovem, não fazia parte de seus planos, e muito menos ter seus sentimentos despertados por ela. A atraçã...