my biggest revolt.

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𝐆𝐔𝐒𝐓𝐀𝐕𝐎 𝐌𝐈𝐎𝐓𝐎

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𝐆𝐔𝐒𝐓𝐀𝐕𝐎 𝐌𝐈𝐎𝐓𝐎.
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐'
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— E então a gente foi morar junto, em outra casa, nos mudamos recentemente. — Concluo, rolando a página no YouTube. — E desde então já fazem dois anos.

Depois que almoçamos, Ana Flávia conseguiu fazer Aurora dormir — porquê Pereira a manteu acordada por um bom tempo ontem a noite — e ela comentou sobre querer saber sobre nosso canal, então, cá estamos nós.

— Que legal. — Murmura, com queixo apoiado nas mãos. —E você se sente realizado? Tipo, profissionalmente, é o que você queria, né?

Era estranho falar sobre onde tinha chegado. Acredito que ainda não estamos no ápice da nossa carreira, mas havíamos chegado bem longe, é como se um filme passasse na minha cabeça. Todos nós passamos por muita coisa antes de estar aqui.

— É, é sim. — Acho que pareci um pouco confuso, mas logo tento suavizar minha expressão, e sorrir pra ela novamente. — Exatamente o que eu queria.

— É legal que você tenha realizado um sonho tão grande. — Não percebo que estava encarando demais. Ana Flávia me deixava pensativo e, de alguma forma, preso na imagem dela, e isso era confuso.

— E você? Quais são os seus sonhos? Ou planos, ou metas. No que você pensa pro futuro? — Minha curiosidade realmente fala mais alto, foi praticamente automático quando toco o encosto de sua cadeira, pra empurrar um pouco pra trás e rodar para o lado.

Assim estávamos de frente, ela entrelaça os dedos nos fios de cabelos e apoia o cotovelo na mesa de madeira, a cabeça apoiada na mão. Suspira antes de começar.

— Dar um futuro para Aurora, eu acho. — Pisca algumas vezes, ela não quis manter contato visual dessa vez. — Arranjar um lugar pra mim, tipo, meu. Meu e da minha filha, na verdade.

É a minha maior revolta, com certeza. Não era pra ser assim, eu queria ouvir qualquer bobeira vindo dela, qualquer sonho fútil ou coisa do tipo, mas, infelizmente, Ana Flávia teve muitas responsabilidades jogadas em suas costas muito cedo.

— Ah, droga. — Murmuro, deixando um sorriso quase que involuntário escapar. — Você é incrível, Ana Flávia.

( . . . )

— Eu passava o tempo jogando videogame, antes de tudo acontecer. — Ana Flávia murmura, com as mãos dentro dos bolsos do moletom que eu havia a emprestado, arrastando os pés pela calçada.

Como prometido, minha mãe me mandou uma mensagem quando estava perto de chegar, e eu não podia esperar para apresentá-la para Ana Flávia, então eu a trouxe.

— O Murilo vai gostar de você, quando ele sair dessa crise louca. — Acabo rindo. — Você não se incomoda com ele te ignorando o tempo todo?

 — Você não se incomoda com ele te ignorando o tempo todo?

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𝗮𝗹𝗿𝗶𝗴𝗵𝘁 | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora