nova york.

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𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀

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𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀.
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐'
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O sol nem tinha aparecido quando a Mioto mais velha bateu na porta. Tudo bem que era inverno e amanhece mais tarde de qualquer forma, mas sete e meia era incrivelmente cedo e eu estava, no mínimo, irritada por ter sido acordada.

— Bom dia, flor do dia! — Ela sorri, me estendendo a sacola plástica e o cоро de tampa verde. — Felipe quer dar uma de guia turístico e levar a gente pra passear.

— Seus irmãos podem dar as mãos e serem chatos juntos. — Bufo, coçando o olho enquanto tomava um gole do café que acabei de receber. — Vamos aonde?

— Contando que ele só conhece a Times Square?  — Ela ri, se sentando na minha cama e brincando com a mãozinha de Aurora. No máximo até a casa dos pais do Lucas.

— Eu odeio tanto o Felipe, não estou nem brincando. — Gustavo termina de abrir a porta, completamente arrumado e cheiroso.

Até a calça que ele usava tinha correntes. Deve ter umas três peças por baixo daquela jaqueta e eu precisaria juntar pelo menos três meses de salário pra poder comprar um pé dos seus tênis. Gustavo tem o senso de estilo que eu queria ter e a vontade de se arrumar que eu, honestamente, não sei se conseguiria. Era cedo demais pra que eu conseguisse pensar em qualquer coisa além de calça e moletom.

— Eu seguro e você bate, então. — A mais velha resmunga, seguindo com o olhar os passos do irmão, que me alcança e me enrola em um abraço assim que pode.

Nem meu mau humor matinal seria capaz de tirar o poder daquele abraço. Era engraçado o quão bem eu me sentia ali e o efeito imediato que aquele simples ato tinha. Ele beija minha cabeça antes de se afastar.

— Bom dia, meu amor. — Ri fraco, sabendo o quão irritada eu ficava com o apelido, se jogando ao lado da minha filha, com as pernas no colo de Gabriela. — Vamos furar com aquele babaca, por favorzinho.

— Ele saiu do Texas falando em Nova York. — A morena bufou. — Eu tenho sono mas ainda sou uma boa irmã.

— Se fosse eu-

— Não seria você porque você é preguiçoso.

( . . . )

— Ai meu Deus. — Lucas afina a voz, assim que os passos incertos e a desengonçados de Aurora se apressam para alcançá-lo, mesmo que seus dedinhos ainda estivessem grudados nos meus. — Eu estava morrendo de saudade dessa princesinha! — Continua, a pegando no colo assim que está perto o suficiente, beijando sua bochecha. — E aí? Como foi o voo? – Se dirige a mim agora, me abraçando brevemente e deixando um beijo na minha testa.

— Tranquilo. — Sorrio fraco.

Depois que Felipe nos fez andar por uma boa parte daquela cidade, nós nos encontramos com o Lucas em uma lanchonete, nós almoçamos aqui e depois a gente voltaria para o hotel.

Tudo ocorreu tranquilamente, Gustavo e Gabriela conversavam privadamente na ponta da mesa, Felipe tentava me convencer que a gente deveria sim ir visitar a estátua da independência antes do ano novo, mesmo que estivesse frio demais. O dia vai ser lento.

 O dia vai ser lento

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𝗮𝗹𝗿𝗶𝗴𝗵𝘁 | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora